COTIDIANO
Rede do tráfico ordenava assaltos, sequestros e execuções na Paraíba
Quadrilha de traficantes era responsável por movimentar grandes quantias em dinheiro de dentro de presídios paraibanos.
Publicado em 17/08/2012 às 6:00
A operação ‘Quark’ foi deflagrada em maio de 2010, depois de mais de um ano de investigações e centenas de interceptações telefônicas realizadas pela Polícia Civil com autorização do Poder Judiciário. Meses depois das prisões, 62 acusados de envolvimento com a rede de distribuição do tráfico de drogas foram denunciados, a exemplo de Thanner Yasbeck Asfora, Genildo Crispim, conhecido como ‘Pinino’ e Walter Cintra, apontados pelas investigações também como alguns dos líderes da comercialização de entorpecentes no Estado.
A ‘rede de tráfico’, porém, seria responsável ainda por assaltos, dezenas de assassinatos, sequestros e outros crimes investigados pela polícia no Estado. Em conversas obtidas com autorização da Justiça, o Ministério Público conseguiu identificar negociações de droga milionárias comandadas de dentro de presídios paraibanos, que envolveriam um montante de US$ 100 mil, além de bens de alguns dos acusados que ultrapassariam milhões de reais.
Depois da operação, vários dos acusados foram transferidos para penitenciárias federais de Segurança Máxima, por serem considerados de alta periculosidade e por supostamente continuarem comandando o tráfico e facções nos presídios paraibanos.
Nos dois processos também foram denunciados pelo Ministério Público Otávio de Almeida Mesquita Neto, André Quirino da Silva, conhecido como Fão e apontado como um dos chefes do tráfico na capital, e Adelita Mesquita de Andrade. Eles foram absolvidos dos crimes de tráfico e associação ao tráfico porque segundo a magistrada as provas seriam insuficientes.
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