Relatório sobre colisão entre trens, em João Pessoa, aponta falha humana 

Avaliação foi feita por equipe técnica de engenharia especializada da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).

Foto: Hebert Araújo/TV Cabo Branco

Um relatório sobre a colisão entre trens, que ocorreu em 9 de fevereiro, na Ilha do Bispo, em João Pessoa, apontou falha humana no acidente, conforme foi divulgado nesta segunda-feira (13), pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). 

Segundo o relatório oriundo de análise técnica realizada por uma equipe de engenharia da CBTU, não foram identificadas quaisquer falhas estruturais ou tecnológicas em relação aos VLTs, como por exemplo os sistemas de freios, sinalização da via, sistema de controle de tráfego e cruzamento ou de radiocomunicação, que pudesse ter causado o acidente. 

A equipe de avaliação concluiu, no entanto, que foram identificadas falhas de procedimentos operacionais, ou seja, falha humana. 

De acordo com a companhia, um dos trens não parou ao chegar em um desvio previsto, como determina a operação. O mesmo VLT também esteve acima do limite máximo de velocidade permitido. Além disso, o não acionamento dos freios, seja o de tração ou o de emergência, foi aferido pela análise. 

Relembre o acidente 

Viagens de trens na Grande João Pessoa são alteradas após acidente santa rita colisão
Foto: Hebert Araújo/TV Cabo Branco

A colisão aconteceu entre dois trens em 9 de fevereiro. Na ocasião, um dos veículos estava saindo do bairro da Ilha do Bispo e o outro seguia no sentido Bayeux-João Pessoa. 

Em imagens do circuito de segurança do local, que começam às 17h08 daquele dia, é possível notar quando um dos VLTs está saindo da estação. Ele segue em direção à esquerda do vídeo, quando o outro VLT está chegando. Em seguida, é possível ver quando eles batem e uma fumaça aparece no canto do vídeo, e as pessoas na estação notam que aconteceu o acidente.

De acordo com informações da Secretaria de Estado de Saúde (SES) à época, mais de 36 pessoas ficaram feridas por conta da colisão. Ninguém morreu e apenas uma pessoa precisou passar por procedimento cirúrgico, na região do abdômen.