Servidores do TJ querem que CNJ interfira no corte dos duodécimos

Sindicato dos Servidores Judiciário deu entrada em pedido de providência no CNJ. Entidade alega que foi impetrada uma ação no TJ contra o corte dos repasses, mas corte não se pronunciou.

Jhonathan Oliveira

O Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário da Paraíba decidiu levar a questão do corte dos duodécimos, que está sendo feito pelo Governo do Estado, para o Conselho Nacional de Justiça. Na terça-feira (14) o presidente da entidade, João Ramalho, deu entrada em um pedido de providência no CNJ. Ele alega que foi impetrada uma ação no Tribunal de Justiça contra o corte dos repasses, mas a corte não se pronunciou sobre o fato, por isso pediu a interferência do órgão federal.

Segundo João, o pedido de providência tem como objetivo evitar que o Tribunal de Justiça continue aceitando o que ele chama de interferência ilegal do Executivo no Judiciário. “Ingressamos com uma ação no Tribunal e essa ação não prosperou. Não existe nenhum ato normativo que determine esse corte no repasse”, disse em entrevista ao programa Polêmica Paraíba.

João afirmou também que a corregedoria do CNJ já garantiu que vai notificar o presidente do TJ para que ele dê esclarecimentos.“O Tribunal não pode sofrer essa redução de recursos pois tem investimentos que estão sendo prejudicados”, disse. Segundo ele o Tribunal já deixou de receber R$ 12 milhões de reais até o momento.

Desde o início da gestão de Ricardo Coutinho (PSB), o Governo do Estado decidiu reduzir em 4,7% o repasse dos duodécimos para os poderes Legislativo e Judiciário e também para Ministério Público e Tribunal de Contas do Estado. A alegação para corte é a recuperação das finanças do Estado.