Servidores federais vão parar em advertência

Servidores do governo federal reclamam de política de congelamento. Manifestação acontece na quarta-feira.

Os servidores públicos federais planejam uma paralisação de advertência ao governo Dilma Rousseff nesta quarta-feira em todo o Brasil. Eles reclamam da política de congelamento que Brasília vem adotando e apontam para um "retrocesso igual ao ocorrido no governo de Fernando Henrique Cardoso".

As manifestações devem ocorrer em todo o país com o mote "Dia Nacional de Advertência". Esta é a primeira vez que as entidades sindicais do funcionalismo federal se mobilizam unificadamente. Caso não haja negociação, a categoria entra em greve.

Segundo o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central, os dirigentes sindicais do Banco Central, da Polícia Federal, da Receita Federal, da Defensoria Pública, da Advocacia Pública e da Gestão Pública entendem que o cenário adverso "exige um movimento sincronizado e centralizado para evitar o que aconteceu no governo de Fernando Henrique – quando ficaram oito anos sem reajuste salarial".

O governo reduziu as despesas com o funcionalismo federal em 2011 e promete fazer o mesmo neste ano para garantir os resultados esperados no superavit primário (economia feita para o pagamento dos juros da dívida pública) e cumprir a meta fiscal.

Nos últimos anos, o governo tem mantido uma política de superavit altos quando comparados aos resultados obtidos pela maioria dos outros países. Em 2011, o superavit foi de 2,26% do Produto Interno Bruto (PIB), acima dos 2,09% de 2010. Para 2012, a meta é economizar R$ 96,97 bilhões.

Em 2011, o superavit foi de R$ 93,51 bilhões, ultrapassando a meta para o ano, que era de R$ 91,8 bilhões. Em 2010, somou R$ 78,77 bilhões. Até novembro de 2011, o governo diminuiu os gastos com folha salarial do equivalente a 4,31% do PIB para 4,25%.