Sete civis são mortos em protestos na Síria

Disparos de metralhadoras foram ouvidos durante toda a noite, segundo relatos de moradores citados pelas agências de notícias.

Ao menos sete pessoas morreram por franco-atiradores e por disparos "aleatórios" ontem em Homs, no centro da Síria, segundo informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos, com sede em Londres. Outros oito civis ficaram feridos por agentes de segurança que "dispararam cegamento contra os habitantes de Hula", localidade da província de Homs.

Disparos de metralhadoras foram ouvidos durante toda a noite, segundo relatos de moradores citados pelas agências de notícias. Na madrugada de ontem, houve enfrentamentos entre desertores e forças de segurança do regime sírio em Duma, próxima a Damasco.

Os protestos na Síria, parte da chamada "Primavera Árabe", ganham cada vez mais os contornos de uma guerra civil, por causa da deserção de milhares de militares, que passaram a atacar as forças do governo.

Um vídeo postado na internet mostra enormes volutas de fumaça no local do atentado, em uma zona urbanizada do bairro de Tal Asour, ao lado de uma linha férrea. Um tanque do Exército era visto nos arredores.

INTERVENÇÃO
A Otan, aliança militar do Ocidente, não tem intenção de intervir na crise da Síria, afirmou ontem o secretário-geral do grupo, Anders Fogh Rasmussen, após uma reunião dos ministros das Relações Exteriores dos países membros da aliança em Bruxelas. Rasmussen evitou responder diretamente se a Otan interviria caso Turquia e Síria entrassem em conflito militar.

As declarações do chefe da Otan chegam depois da França afirmar que o ditador ashar Assad, não escapará da Justiça, rejeitando a alegação de inocência que ele deu em entrevista.