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COTIDIANO

Suspeito revela sua versão para a última noite de vida de Aryane

Repórter Jorge Filho, da rádio 101 FM, divulga entrevista exclusiva feita com o estudante de Direito Luís Paes Neto, ex-namorado e pai de filho da jovem morta em JP.

Publicado em 26/04/2010 às 12:27

Karoline Zilah

O estudante de Direito preso como principal suspeito de ter assassinado a estudante Aryane Thaís Carneiro de Azevedo, de 23 anos, concedeu uma entrevista exclusiva ao repórter Jorge Filho, da rádio 101 FM, e falou abertamente sua versão para o ocorrido na noite do dia 14 de abril deste ano, quando o corpo da jovem grávida foi abandonado às margens da BR-230, em João Pessoa.

A entrevista foi ao ar no programa Paraíba Agora nesta segunda-feira (26). Luís Paes de Araújo Neto, também de 23 anos, está detido na Central de Polícia por força de um mandato de prisão temporária. A entrevista foi gravada há vários dias, mas só foi autorizada pelo advogado Aluísio Lucena para ir ao ar nesta semana para não atrapalhar o trabalho de investigação que estava sendo feito pela polícia e pela defesa

Ouça entrevista do suspeito de matar Aryane Thaís.

Dizendo ser inocente e demonstrando bastante segurança em tudo o que falava, Luís se manteve calmo durante toda a entrevista e segurava um terço em uma das mãos. Ele disse ser muito religioso, e que por isso jamais pediria que a ex-namorada grávida abortasse.

COMO TUDO ACONTECEU

O estudante de Direito confirmou que teve um relacionamento amoroso durante três anos com Aryane Thaís. Segundo ele, os dois ficaram de dois a três anos sem se falar. Eles se reencontraram 40 dias antes da morte dela. Ele reafirmou que na ocasião teve uma relação sexual com a jovem, noite em que provavelmente a engravidou. Um exame de DNA revelou que o filho que ela esperava era do suspeito.

Encontro

Na noite da quarta-feira (16), Luís teria atendido a um pedido de Aryane para se encontrar com ela na lanchonete Mundial Lanches, em Jaguaribe, onde ambos moravam. Ele contou ao repórter Jorge Filho que chegou ao local marcado, mas não a encontrou e ligou para seu celular perguntando onde ela estava. Após dar várias voltas no quarteirão, ele finalmente teria conseguido encontrá-la. Chegando ao local, Luís disse ter visto a moça debruçada na janela de um carro Celta de cor preta. Em suas palavras, ela conversava com um “homem de boné”, que estava na direção.

Aborto

Ao perceber que Luís havia chegado, Aryane teria entrado em seu carro para dizer novamente que estava grávida e lhe pedir R$ 200 para comprar uma pílula com a finalidade de provocar um aborto. Dizendo-se muito católico, o estudante de Direito contou que se negou o pedido da ex-namorada, porque iria contra seus valores religiosos. Ele teria pedido que ela deixasse a criança nascer para fazer um exame de DNA. Caso o filho fosse seu, ele assumiria.

Despedida conturbada

Na entrevista exclusiva, Luís ainda revelou que Aryane teria ficado chateada ao ser questionada sobre a veracidade da paternidade, e assim ela pediu para descer do carro com o celular em mãos, como se estivesse ligando para alguém, ficando em frente ao Centro Administrativo do Estado.

Luís disse ter percebido que um carro de cor escura com o farol ligado aguardava Aryane. Ela teria conversado com o o motorista e entrado no veículo. O suspeito comentou que não sabe se era a mesma pessoa que conversava com a jovem antes de seu encontro com ela.

De acordo com o estudante de Direito, ele seguiu para casa, onde assistiu um jogo de futebol do Flamengo pela televisão. No dia seguinte, ele disse ter ido normalmente para a faculdade. Mais tarde, viu pela TV que uma mulher havia sido encontrada morta. Luís Neto contou que estranhou quando recebeu uma ligação de um primo de Aryane questionando se ele tinha notícias, porque a moça estava desaparecida. Em seguida, ele revelou que ficou surpreso ao saber que a ex-namorada estava morta.

Depoimento oficial

Luís Neto se apresentou espontaneamente à delegada Ranielle Vasconcelos, primeira a presidir o inquérito. Ele foi preso temporariamente na segunda-feira (19), pouco antes de dar uma entrevista que estava marcada com a imprensa. Desde então, ainda não prestou depoimento oficial para a delegada Ilmara Gomes, adjunta da Delegacia de Homicídio e nova responsável pela investigação.

Ela marcou o interrogatório com o suspeito para a tarde da terça-feira (27). Nesta segunda (26), a delegada fala com a empregada doméstica e a irmã de Luís Neto. Enquanto isso, o advogado de defesa Aluísio Lucena se queixa de que o rapaz estaria detido inadequadamente e teria sofrido pressão psicológica na carceragem da Central de Polícia.

Atualizada às 13h08

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Jornal da Paraíba

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