Tiros atingem casas vizinhas ao Instituto de Polícia Científica

Maurício Melo
Com TV Cabo Branco

Alguns moradores do Bairro do Cristo, que têm suas casas ao lado do Instituto de Polícia Científica, em João Pessoa, têm reclamado de tiros em suas casas. Eles dizem que quando os testes balísticos e de eficiência de armas começam, logo pela manhã, todos se escondem. Algumas paredes estão cheias de furos de balas e, até mesmo projetis já foram encontrados nos muros.

A dona de casa, Paloma Alves, que tem um filho de 9 meses, já encontrou uma bala na calçada de casa e quer saber: "a última vez o tiro chegou aqui sem força, mas e na próxima? E se uma bala dessas atingir meu filho". Lucilene Lopes, outra vizinha, conta que gostaria de deixar as crianças brincando na rua de tarde, mas que por conta do medo dos tiros, não permite que os filhos saiam.

De acordo com a direção do IPC, os testes realizados no local não trazem perigo aos moradores. O perito Pedro Falcão explicou que num dos testes, o de eficiência das armas, os disparos são feitos sem o projetil, e portanto não oferece risco. Ele contou também que quando são feitos testes de identificação do projetil, os tiros são disparados em uma caixa que para a bala e, no caso das armas maiores, os testes são feitos na Academia de Polícia Civil.

O diretor do IPC, Humberto Jorge, no entanto, não sabe explicar as marcas de tiros nas paredes das casas vizinhas ao Instituto, mas garante que vai investigar a existência de alguma irregularidade. "A denúncia foi feita pela comunidade e nós temos a obrigação de apurar", disse.