TJ vai decidir se muda acusação contra réu do Caso Fátima Lopes

Eduardo Paredes foi indiciado por homício doloso, mas "recurso em sentido estrito" do advogado de defesa Abraão Beltrão tenta mudar para homicídio culposo.

Phelipe Caldas

O caso em que o psicólogo Eduardo Henrique Paredes do Amaral é acusado de matar a defensora pública geral Fátima Lopes será analisado nesta terça-feira (31) pela Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba. Ainda não será analisado o mérito da ação, mas um “recurso em sentido estrito” em que o advogado de defesa Abraão Beltrão tenta mudar a acusação que pesa contra o réu. Atualmente Eduardo Henrique responde por homicídio doloso, mas o advogado quer que ele responda apenas por homicídio culposo.

Abraão Beltrão explica que homicídio doloso é aquele que o autor tem intenção deliberada de cometer o crime, o que segundo ele não é o caso de crimes de trânsito. “O que aconteceu foi um acidente, uma fatalidade. Um acidente de trânsito que infelizmente culminou numa morte. Acho injusto que o meu cliente responda por homicídio doloso e por isto entramos com este recurso”, explica.

O julgamento está marcado para as 8h30 e o caso será analisado por três desembargadores do Tribunal de Justiça. Se a Câmara Criminal acatar o recurso, o psicólogo passará a responder por uma acusação mais branda e por isto terá uma pena menor caso seja declarado culpado. Ainda não existe previsão para o julgamento do mérito da ação.

Eduardo Paredes é acusado de no dia 24 de janeiro deste ano dirigir embriagado pela avenida Epitácio Pessoa. Ele tinha saído de uma boate e segundo a denúncia dirigia em alta velocidade quando avançou o sinal vermelho e TJ vai decidir se muda acusação contra réu do Caso Fátima Lopesbateu no carro da defensora pública geral (foto).

Fátima Lopes estava no carro dirigido pelo seu marido, Carlos Martinho Correia Lima, indo para a missa.

A defensora chegou a ser atendida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, mas morreu a caminho do Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena.

Seu marido ficou ferido, permanecendo dois dias internados em um dos hospitais particulares de João Pessoa.