COTIDIANO
Trilogia de Isabel Noronha vê a Aids na África
Diretora moçambicana recebeu o troféu Humberto Mauro e o ator Ruy Polonah, também de Moçambique, é lembrando em "Casa de Polonah".
Publicado em 08/05/2009 às 12:04 | Atualizado em 26/08/2021 às 23:40
Astier Basílio, do Jornal da Paraíba
Dois artistas do cinema de Moçambique serão homenageados hoje, no Cineport: o ator Ruy Polanah, falecido ano passado, aos 86 anos, e a diretora Isabel Noronha, 45. Na Sala Digital, às 18h30, será exibido o documentário Casa do Polanah, de Fábio de Carvalho. Às 20h haverá a sessão de entrega do Troféu Humberto Mauro a Isabel Noronha e a exibição da Trilogia das Novas Famílias, da cineasta.
Polanah, em 60 anos de carreira, atuou em 32 filmes, dentre os quais algumas produções internacionais, como Aguirre, a Cólera dos Deuses, de Werner Herzog. O último trabalho de Polanah no cinema foi Tainá 2 - A Aventura Continua.
A Trilogia das Novas Famílias é um conjunto de filmes sobre a aids em Moçambique. Os filmes são: Caminhos do Ser, que narra a história de quatro irmãos, todos os rapazes, que, órfãos de pai e mãe, são esquecidos pela comunidade.
Essa mesma comunidade associa a morte dos seus pais a um caso de feitiçaria; Delfina-Mulher-Menina é a história de uma menina que, aos 13 anos, teve de assumir o papel de chefe de uma família de quatro irmãos, em que apenas o mais novo a respeita; e, por fim, Ali-Aleluia fecha a trilogia com a história de um menino de 12 anos que contraiu a aids por transmissão vertical de sua mãe que, tal como o seu pai, faleceu quando ele tinha oito anos.
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