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VIDA URBANA

7,9 mil internações por esquizofrenia

Só no ano passado foram registradas 3.973 internações, conforme dados da SES; para o Conselho Regional de Psicologia número é alto.

Publicado em 02/07/2014 às 6:00 | Atualizado em 02/02/2024 às 17:44

Nos últimos 2 anos, a rede pública da Paraíba registrou 7.959 internações por esquizofrenia no Estado. O número, repassado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), é considerado alto pelo Conselho Regional de Psicologia (CRP) do Estado, que cobra ainda um acompanhamento mais intensivo aos pacientes por parte das equipes do Programa Saúde da Família (PSFs) presentes nos postos de saúde dos municípios.

De acordo com os dados da SES, no ano passado foram registradas 3.973 internações de pacientes com esquizofrenia nos oito locais apropriados para o acolhimento desses pacientes no Estado, enquanto que em 2012 foram 13 casos a mais. Embora não tenham apresentado as estatísticas estaduais referentes ao primeiro semestre deste ano, em João Pessoa são atendidas, em média, 400 pacientes com algum transtorno mental por mês, segundo estimativa da Secretaria Municipal de Saúde da capital. Ainda conforme informações do município, os casos de esquizofrenia são os mais recorrentes.

A mãe da estudante Denise Lemos é uma das pacientes que integram as estatísticas apresentadas pelas Secretarias de Saúde. A jovem conta que a mãe foi diagnosticada com o transtorno de esquizofrenia em 2010 e, desde então, recebe acompanhamento no Centro de Atenção Psicossocial (Caps III) Gutemberg Botelho, localizado no Bairro dos Estados, na capital. No local, que trata somente pacientes com transtorno mental, cerca de 700 pessoas estão em atendimento ativo, segundo informou a diretora Sandra Carvalho, e os casos de esquizofrenia são os mais comuns para tratamento no local.

“Esquizofrenia é o transtorno mais frequente que chega para nós e a demanda de pessoas que chegam com o problema têm de 30 a 40 anos, com prevalência para as mulheres”, completou. Denise conta que a família suspeita que a mãe dela sofra do problema desde quando estava nessa faixa etária. No entanto, a dona de casa só foi diagnosticada e iniciou o tratamento aos 50 anos.

“Ela começou a ficar muito paranoica com as coisas e a apresentar atitudes que não eram normais, de certa forma. Foi aí que a gente procurou ajuda, porque ela não aceitava que estava doente”, disse a estudante, relatando ainda sobre as dificuldades em conseguir tratamento para a mãe na rede pública.

O vice-presidente do CRP-PB, Luís de França Pereira, informou que a rede pública de tratamento para transtornos mentais na Paraíba é considerada boa. Contudo, os pacientes que passam por acolhimento hospitalar – antigas internações – , não recebem o acompanhamento adequado depois que retornam para o convívio familiar.

“Cada regional de Saúde tem um Caps para atender essas pessoas e são modelos nos quais os pacientes levam um tratamento mais decente e as famílias também participam.

Agora, ainda há uma deficiência na contrarreferência desse paciente quando ele sai do hospital para a Unidade de Saúde da Família, de uma escuta mais qualificada e até mesmo de um acompanhamento do profissional de psicologia. Na Atenção Básica o atendimento é mais voltado para casos menores, como os transtornos de ansiedade”, explicou Luís de França.

ATENDIMENTO PARA PACIENTES COM TRANSTORNOS MENTAIS

A chefe do Núcleo de Saúde Mental da SES, Shirlene Queiroz, explicou que os pacientes com transtornos mentais são atendidos nos Caps e a rede para este tipo de patologia também inclui a participação das equipes das Unidades Básicas de Saúde. Ela disse ainda que, no caso dos pacientes em crise, esses são atendidos nos hospitais gerais.

“A internação é a última coisa a ser feita por essa pessoa, porque a esquizofrenia, hoje, a gente não trata com internação. A pessoa passa, no máximo, três dias no hospital, e depois vai para o Caps 24h, onde existem os leitos. Mas, o acompanhamento é feito em casa”, frisou.

Já a coordenadora do Núcleo de Saúde Mental da capital, Janaína Demery, informou que na cidade existem quatro unidades de Caps, sendo três com funcionamento 24h e voltado para atendimento infantil. Segundo ela, as estruturas funcionam na modalidade “portas abertas” e a demanda é espontânea e cada usuário recebe o acompanhamento terapêutico conforme sua necessidade. “Nós atendemos pacientes de urgência e emergência, porque temos os leitos e todos os componentes que o paciente precisa no atendimento, onde o usuário pode ficar até 24 horas, no processo de crise. Além disso, fazemos a busca ativa dos pacientes com a visita domiciliar”, reforçou.

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Jornal da Paraíba

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