Policiais da Delegacia de Defraudações de João Pessoa prenderam, na madrugada de ontem, um suposto estelionatário que possuía oito mandados de prisão em aberto, nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo. O pastor Paulo Henrique da Silva Freitas, 43 anos, já havia sido detido na última quinta-feira pelos mesmos policiais, na capital, mas ficou menos de 24 horas na delegacia, após ser liberado em virtude de uma decisão judicial.
Na primeira prisão o pastor foi acusado de aplicar o golpe da casa própria em mais de 120 pessoas na capital. “Nós comunicamos a prisão dele por volta das 17h30 da quinta-feira e ele foi liberado 11h30 da sexta-feira”, afirmou o delegado Gustavo Carletto. Desta vez, o suposto estelionatário foi preso na cidade de Caruaru, em Pernambuco, quando fugia em um ônibus para Salvador, na Bahia, ao lado de sua esposa, Jeane Santos Nunes, 28 anos, e um filho do casal.
Durante a permanência do suspeito na Delegacia de Defraudações, os policiais não conseguiram consultar o sistema Infoseg, em virtude de problemas com a internet. Somente após a liberação do suspeito, ainda na sexta-feira, os policiais descobriram que havia uma série de mandados de prisão contra Paulo Henrique, referente aos crimes de falsificação de documentos, falsa venda de imóveis e outros crimes de estelionato.
“Após constatar os mandados, nós empreendemos uma série de diligências para prendê-lo. A princípio ele se refugiou na cidade de Solânea, seguiu para Campina Grande, de onde pegou um ônibus para Salvador”, explicou Gustavo Carletto. A prisão do casal ocorreu com apoio da Polícia Rodoviária Federal e policiais civis de Campina Grande. Ao ser preso, o suspeito negou que estivesse fugindo.
Paulo Henrique se defendeu das acusações e assegurou que não tinha conhecimento da existência de qualquer mandado de prisão contra ele. Ele explicou que adquiriu imóveis no Espírito Santo, cuja posse tramita na Justiça daquele estado e chegou a ser detido no Rio de Janeiro, para prestar depoimento no Espírito Santo.
O pastor ainda explicou que desenvolvia um projeto social em João Pessoa para aquisição da casa própria com parcelas de R$ 300,00. Os valores arrecadados até então seriam para custas processuais e em dois anos as casas seriam entregues.
