Adiada audiência do acusado de matar padrinhos em casamento

Audiência deverá ser realizada no dia 16 de março, às 14h, no 2º Tribunal do Júri. A decisão foi tomada após um pedido do Ministério Público.   

Foi adiada para a próxima semana a audiência do caso do duplo assassinato do casal Washington Luís Alves de Menezes, 51 anos, e Lúcia Sant’Anna Pereira, 42, ocorrido na saída de uma festa de casamento, em Campina Grande, em março do ano passado. A audiência deveria ser realizada na tarde desta segunda-feira (23), mas foi adiada e deverá acontecer no próximo dia 16 de março, às 14h, no 2º Tribunal do Júri. A decisão foi tomada após um pedido do Ministério Público. 
 
Segundo o promotor de justiça Osvaldo Lopes, na manhã desta segunda-feira (23), foi iniciado o julgamento de um réu preso, de outro processo, no tribunal do juri, o que poderia comprometer o acompanhamento da audiência do caso do duplo homicídio, que estava marcada para a tarde deste mesmo dia. 
 
A primeira vez que será ouvido
 
A justiça irá ouvir pela primeira vez o empresário Nelsivan Maques, acusado de planejar e mantar as vítimas, cujo mantinha uma sociedade na propriedade de uma faculdade particular. Além de Nelsivan deverão ser ouvidos os outros cinco acusados de envolvimento no crime e as testemunhas do caso. Entre as pessoas que deverão prestar depoimento está o vigilante Lindojhonson da Silva, que estava próximo ao casal e foi atingido por um tiro no ombro. 
 
Como se trata de um processo extenso, por envolver muitas partes, a previsão é que o Tribunal realize mais de uma audiência para ouvir todas as testemunhas e réus para só então avançar à etapa seguinte, quando o juiz abrirá espaço para as alegações finais da defesa e da acusação. Estas ainda podem ter prazo de até cinco dias.  
 
Desde que foi preso, em junho do ano passado, Nelsivan, que está na Penitenciária Padrão de Campina Grande e já teve o pedido de habeas corpus negado pela Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba, não quis depor e permaneceu em silêncio nos interrogatórios feitos pela Polícia Civil, alegando que só falaria perante o juiz.