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VIDA URBANA

Ataques a agências bancárias mudam economia de cidades da PB

Casos já ocorreram em 33 municípios da Paraíba este ano.

Publicado em 10/09/2017 às 9:00

Os casos de ataques a agências bancárias no estado da Paraíba não tem causado apenas prejuízos aos bancos que são alvos de arrombamentos e explosões por bandidos fortemente armados. A realidade tem modificado também à economia de cidades e gerado transtornos para clientes e funcionários.
Apenas este ano, segundo o Mapa da Violência no Estado atualizado pelo Sindicato dos Bancários da Paraíba, os ataques a agências totalizam o número de 46 ocorrências, que incluem as modalidades causadas por explosões, arrombamentos e assaltos.
Os casos mais comuns ocorrem sempre durante o período da madrugada, quando não há em muitas das situações uma segurança permanente no local.
Os dados revelam ainda que os ataques ocorridos este ano aconteceram em 33 municípios da Paraíba, sendo a maioria cidades que ficam localizadas no interior do estado. O presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Marcelo Alves, revela que a situação tem se tornado uma rotina e que apesar das cobranças por mais segurança, pouco tem sido feito para combater a criminalidade. “O sindicato tem acompanhado a realidade em todo o estado, inclusive, realiza diariamente o monitoramento dos ataques, mas pouco tem sido feito para mudar a realidade. É uma situação de fragilidade para às agências e também para à população que sofre com os riscos”, ressaltou.
“Não existe um alvo específico, os ataques ocorrem a agências e também aos correspondentes bancários. O problema de algumas cidades acontece pela existência de apenas um posto de atendimento, ou seja, se este posto é quebrado não há segurança imediata para que ele seja reaberto. O sindicato não tem poder de decisão, o que tem sido feito é um trabalho sistemático de acompanhamento e pedido de debate sobre o contexto ”, disse Marcelo Alves.
O agricultor Gabriel de Souza, de 50 anos, reside no município de Arara, na região do Agreste da Paraíba. Ele conta que desde setembro de 2016, quando bandidos explodiram o prédio da agência e levaram o cofre, os serviços financeiros deixaram de acontecer na cidade. “Há um ano a população convive com essa situação, à agência ainda existe, mas os serviços principais não funcionam. Para realizar algum saque, por exemplo, é preciso viajar dezoito quilômetros até Solânea”, comentou.
A mesma situação acontece no município de Lagoa Seca, também na região do Agreste. Segundo a assistente social, Viviane Gonçalves, de 30 anos, desde que à agência foi explodida em janeiro deste ano, a população convive com a ausência do serviço. “A população está prejudicada, porque o serviço não existe mais na cidade. A agência foi fechada e até o momento nenhuma informação foi divulgada sobre a situação. Quando precisamos de algum serviço temos que ir até Campina Grande. É sempre um transtorno, principalmente, para os idosos que precisam receber suas aposentadorias”, disse.
Economia
O economista e professor das disciplinas de economia brasileira e desenvolvimento regional da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Felipe César, explica que o deslocamento da população para outras áreas em busca de serviços interfere diretamente na realidade econômica das cidades. “A economia muda porque as pessoas passam a gastar com o deslocamento e com isso surge também a necessidade do consumo durante o trajeto. É um reflexo natural, mas existe também o poder representativo das agências no capital financeiro de cada cidade. Se esse serviço para de funcionar, financeiramente o capital vai circular com menos intensidade”, disse.
Ainda de acordo com o professor, a situação pode também interferir no mercado. “É preciso um estudo sistemático para indicar com maior detalhe à interferência total, mas existe uma relação direta nessa situação que pode mudar também a realidade do mercado. Se eu resolvo um problema em uma outra cidade, posso também começar a consumir dentro do mercado dela, buscando outras vantagens. Isso vai causar naturalmente uma baixa econômica na cidade de origem”, concluiu Felipe César.
Segurança
Sobre a situação de segurança, o comando geral da Polícia Militar na Paraíba disse que à corporação tem intensificado o combate aos crimes contra instituições financeiras, com a ativação Grupamento Especializado de Operações em Área de Caatinga (GEOSAC), formado por policiais treinados para atender às ocorrências de altas complexidades e o enfrentamento de quadrilhas a bancos. A sede do grupo fica localizada no município de Pocinhos, mas abrange toda área territorial do estado.
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Jornal da Paraíba

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