Beber e dirigir é comum entre pessoenses de 25 a 44 anos

João Pessoa aparece na 18ª colocação no país e 4ª posição no NE e 4,6% dos entrevistados na capital, admitiram dirigir após beber.

Levantamento do Ministério da Saúde, realizado em 26 capitais e no Distrito Federal, mostra que o hábito de dirigir após ingerir bebida alcoólica é mais comum em pessoas com idade entre 25 e 44 anos. Os dados são da pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2011) e revelam ainda que no ranking das capitais onde a situação é mais preocupante, João Pessoa aparece na 18ª colocação no país e 4ª posição na região Nordeste. No total, foram entrevistadas 54.144 pessoas em 2011.

De acordo com o Ministério da Saúde, 4,6% dos entrevistados admitiram dirigir após beber qualquer quantidade de bebida alcoólica. Para os homens, em qualquer faixa etária, a proporção é maior (8,6%) do que para as mulheres (1,2%).

Na capital paraibana, o percentual foi igual ao nacional, com 4,6% dos entrevistados assumindo que mantêm o hábito de dirigir embora tenham consumido bebida alcoólica. João Pessoa foi superada apenas por Teresina (PI), Natal (RN) e Aracaju (SE), onde o percentual que admite associar bebida e direção ficou em 5,6%, para as duas primeiras capitais, e 5,5 no caso da última.

Para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o resultado da pesquisa é muito preocupante e exige o reforço das ações para a redução de mortes e lesões no trânsito, em todo o país. “Medidas legislativas como o Código de Trânsito e a Lei Seca têm sido muito importantes para a prevenção dos acidentes de transporte terrestre. Por isso é fundamental implementar e fortalecer essa lei, reforçar a fiscalização, além de adotar medidas de comunicação e educação de forma continuada e sistemática”, avalia o ministro.

Entre as capitais brasileiras, considerando apenas a população masculina, o hábito de beber qualquer quantidade de bebida alcoólica e dirigir é mais comum em Florianópolis (16,5%), Palmas (15,9%), Curitiba (12,9%), Goiânia (12%) e Porto Velho (11,8%).

A capital paraibana aparece na 17ª colocação nacional (com 9%) e novamente em 4ª colocação na região Nordeste. As capitais com os menores percentuais para o sexo masculino são Belém (5%) e Rio de Janeiro (5%).