icon search
icon search
home icon Home > cotidiano > vida urbana
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

VIDA URBANA

Bebês precisam mesmo de andador e chupeta?

Uso de chupetas e andadores divide opinião de pais e pediatras, que avaliam benefícios e prejuízos ao desenvolvimento das crianças.

Publicado em 24/11/2013 às 6:00 | Atualizado em 10/01/2024 às 16:10

Os cuidados com o bebê começam desde a gestação e na montagem do enxoval para receber os recém-nascidos, objetos como mamadeiras e chupetas são os itens mais comuns do enxoval. Outro item que ganha cada vez mais adeptos é o andador para bebês, também conhecido como 'anda-já'. O uso de objetos como esses divide a opinião dos pediatras, que questionam sobre os benefícios e prejuízos que esses aparelhos podem trazer ao desenvolvimento motor infantil ainda no primeiro ano de vida.

Mãe de primeira viagem, Uyrnaian Gomes, de 25 anos, amamenta bem o filho e pretende não utilizar a chupeta.

Porém, o uso do andador ainda é dúvida no momento em que o pequeno Anthony Lorenzo, de apenas um mês e meio, estiver preparado para dar os primeiros passos. “Ainda não sei se vou colocá-lo no 'anda-já'. Tem gente que fala que é bom, outros dizem que não. Quando ele estiver maiorzinho, vou ver com a médica”, disse.

Na opinião da pediatra Alda Santos Moreira, o uso de andadores não é recomendável, pois aumenta o risco de acidentes e pode prejudicar o desenvolvimento dos membros e articulações. “Esses aparelhos não influenciam se a criança vai aprender a andar mais cedo ou não. Na verdade é uma falsa impressão de que a criança está andando, porque as rodinhas é que estão transportando a criança”, completa.

Segundo a pediatra, o que pode contribuir para que a criança dê os primeiros passos é a ajuda da mãe ou de um responsável que caminhe junto com o bebê. “Se a mãe coloca o bebê no andador, a criança não está sustentando o corpo naturalmente. Diferente da caminhada, quando a criança está desenvolvendo a sustentação das articulações”, aconselha.

A representante de vendas Cláudia Alves, 27 anos, é mãe da pequena Júlia, de apenas 1 ano. Ela conta que decidiu comprar o andador quando a filha tinha 9 meses e estava começando a engatinhar, mas revela que a menina não usou muito o objeto. “O pediatra não gostou muito da ideia, mas como ela estava engatinhando e queria ficar de pé o tempo todo, não tínhamos muito tempo para caminhar junto com ela sempre. Mas logo ela não precisou mais do objeto”, revela.

Outro problema apontado pelos pediatras é que o andador aumenta o risco de acidentes com os bebês. No Canadá, por exemplo, o uso e a venda do objeto estão proibidos desde 2010, devido ao aumento no número de acidentes e até mortes de crianças enquanto utilizavam o andador.

A pediatra Alda Santos alerta que com o uso do ‘anda-já’ as crianças ficam vulneráveis a quedas, choques elétricos e queimaduras. “Os riscos superam os benefícios com o uso do objeto. Por isso é melhor não arriscar. Mas se a criança estiver usando, é aconselhável o acompanhamento de um adulto para evitar acidentes”, reforça.

CHUPETAS INTERFEREM NA POSIÇÃO DOS DENTES

Usar ou não a chupeta? Essa é outra dúvida dos pais quando o assunto é o desenvolvimento infantil. O assunto também é polêmico entre os profissionais de saúde, já que muitos acreditam que o objeto pode interferir na formação dos dentes e até causar contaminações nas crianças.

Essa foi uma das dúvidas da dona de casa Ana Cláudia Vasconcellos, 22 anos. Mãe de Maria Eliza, 1 ano e 6 meses, ela conta que logo nos primeiros dias de vida tentou dar a chupeta para a filha, mas o objeto foi rejeitado. “Ela chorava muito, mesmo assim eu não queria dar a chupeta porque a pediatra já tinha orientado que isso poderia causar problemas no desenvolvimento dos dentes. Como ela nunca quis usar, eu não insisti”, revela.

A dona de casa Uyrnaian Gomes comunga da mesma opinião e revela que não tem interesse em dar o acessório para o filho Anthony Lorenzo. “Como a pediatra orientou, vou amamentar ele até os seis meses e não vou colocar a chupeta. Ele dorme bem e é tranquilo”, disse.

De acordo com o odontopediatra Steniel Patrício, as alterações no desenvolvimento dentário da criança que estariam relacionados ao uso da chupeta dependem da duração e frequência do hábito. “A literatura tem demonstrado que forças menores quando aplicadas por um período diário de 4 a 6 horas podem mover os dentes. De todas as más oclusões (dentes posicionados incorretamente) que ocorrem pela sucção da chupeta ou do dedo, a mordida aberta anterior é a mais prevalente”, explica.

Mas, qual a hora certa para que a criança abandone o objeto? Os pediatras e demais profissionais orientam que o hábito da chupeta seja retirado o mais cedo possível, preferencialmente até os três anos de idade. “Quanto mais cedo o hábito for interrompido, menor será o dano”, reforça Steniel.

Entre as inúmeras opções de chupeta disponíveis no mercado, os profissionais orientam que as mais indicadas são as ortodônticas e que se adequem melhor ao formato da cavidade bucal. “O disco de plástico deve ter o formato côncavo com perfurações para evitar o acúmulo de saliva e consequentemente irritação da pele e principalmente dar suporte à musculatura perioral”, orienta Steniel.

Além disso, as chupetas com bicos redondos ou com corantes tóxicos e que desbotem devem ser evitadas.

PAIS DEVEM ESTIMULAR DESENVOLVIMENTO

Para proporcionar ao bebê um ambiente adequado para que ele possa se desenvolver com saúde e segurança, é preciso que os pais, antes de tomar qualquer decisão, consultem os profissionais de saúde. Para isso, os pediatras recomendam principalmente que os pais respeitem o ritmo de desenvolvimento de cada criança.

Com o uso da chupeta, por exemplo, a pediatra Aleuda Cardoso orienta que objeto não deva ser adotado, principalmente nos primeiros meses de vida. “Uma criança bem alimentada ao peito não precisa de chupeta ou outro complemento para estimular a sucção”. Segundo a pediatra, para aumentar a sucção do bebê basta apenas a prática frequente da amamentação.

Já os primeiros passos podem ser estimulados principalmente com as pequenas caminhadas juntamente com os pais ou responsáveis. Para isso a pediatra dá dicas simples, como por exemplo, reservar um espaço na casa livre de objetos que possam causar acidentes e caminhar com a criança. Mas, isso só deve ser feito quando o bebê apresentar sinais de locomoção, como engatinhar ou até mesmo arriscando os primeiros passos.

Outra dica para não aderir ao 'anda-já' é deixar a criança em objetos como os 'cercadinhos'. Além de proporcionar mais segurança, as laterais do 'cercadinho' estimulam os membros inferiores para que a criança fique de pé.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp