Cabo da PM é expulso da corporação por abuso sexual contra enteada

Menina chegou a fugir de casa para evitar ser abusada pelo padrasto.

Um cabo da Polícia Militar da Paraíba teve o recurso negado e a expulsão da corporação mantida pelo Comando da Polícia Militar. José Teixeira de Malta Sobrinho é acusado de ter abusado sexualmente da enteada, que era menor de idade. A portaria da expulsão foi assinada pelo governador Ricardo Coutinho (PSB), e publicada no Diário Oficial do Estado da Paraíba (DOE) desta sexta-feira (13).

O militar acusado foi denunciado pelo Ministério Público no dia 18 de junho de 2016 por ter praticado atos libidinosos e conjunção carnal com uma menor e com quem tinha relação de parentesco.

O caso se tornou público no dia 2 de junho de 2016 quando a vítima foi localizada em uma casa abandonada, próximo a residência da sogra mãe. Segundo os autos, a menor fugiu por não aguentar os abusos sexuais sofridos por seu padrasto e tentou refugiar-se na residência da mãe de seu namorado, mas foi-lhe negado abrigo.

Sem saber o paradeiro da filha por 24 horas, a mãe da melhor foi à delegacia para comunicar o desaparecimento da menina. Ao adentrarem na casa abandonada, a menina foi encontrada chorando muito. A vítima relatou aos agentes que era abusada sexualmente por seu padrasto, o policial militar Cabo Malta. Os policiais conduziram a vítima e a apresentaram ao Delegado plantonista. O Conselho Tutelar foi comunicado e acompanhou o depoimento prestado pela menor na delegacia.

Abusos constantes

A vítima relatou detalhes dos atos libidinosos praticados pelo acusado, inclusive dizendo que houve prática de relação sexual contra a sua vontade. Relatou ainda que os abusos eram constantes ao longo dos anos em que conviveu com seu padrasto, e por tal motivo fugiu de sua residência justamente para não ficar próxima ao homem que a abusava sexualmente.

Ainda segundo os autos do recurso, os abusos não eram de conhecimento da genitora da vítima, pois tudo se dava quando sua genitora e seu irmão mais novo saíam de casa. Os abusos se davam, principalmente, em um sítio de propriedade do militar para onde a vítima era levada. Ela nunca relatou nada à sua mãe, pois o recorrente a ameaçava.