Até o próximo dia 10, deverão ser divulgados os exames que comprovam se a estudante Fernanda Ellen, assassinada aos 11 anos de idade, no dia 9 de janeiro deste ano, foi vítima ou não de violência sexual.
A informação foi passada ontem pelo superintendente do Instituto de Medicina Legal da Paraíba, Humberto Pontes. Ele disse que, além da perícia sobre a violência sexual, serão finalizados também outros laudos que irão esclarecer melhor os detalhes do crime.
“Esperamos que, no máximo em 15 dias, possamos concluir os laudos referentes à violência sexual e também outros exames cadavéricos. Não precisamos convocar nenhum perito de fora. Todos os trabalhos estão sendo feitos por nosso próprio pessoal”, antecipou.
Ainda de acordo com Humberto Pontes, a demora em finalizar as perícias se deve ao adiantado estado de decomposição em que o corpo foi encontrado. Após ser morta com um golpe na cabeça, a estudante foi enterrada no quintal da casa do suspeito pelo crime, Jefferson de Oliveira Soares, que era vizinho da vítima. No local, o cadáver permaneceu até o dia 10 de abril, quando foi descoberto após uma operação policial.
Na delegacia, Jefferson disse que matou Fernanda por causa do celular. Ele queria o aparelho para trocar por pedras de crack, mas trocou o equipamento com uma garota de programa. Foi esse telefone que ajudou a policia a desvendar o crime. Jefferson está preso no Complexo Penitenciário de PB1 PB2, em Jacarapé, em João Pessoa.
Segundo o tio da menina, Wellington Oliveira Cabral, a demora na entrega dos resultados está comprometendo o andamento do processo. "O problema é que o processo está parado. Ele [o suspeito] está preso, isolado e gostaríamos de vê-lo com os outros detentos. Para que ocorra o julgamento, é necessário estar com os laudos em mãos", queixou-se.
