Central: procedimentos aumentam

Em apenas sete dias foram realizados cinco transplantes de rim na Paraíba (todos no Hospital Antônio Targino, em Campina Grande), chegando ao número de 31 este ano - só dessa especialidade. A informação é da diretora da Central de Transplantes da Paraíba, Gyanna Lis, que afirmou ainda que as captações também continuam ocorrendo e que há um empenho da gestão para que os impasses envolvendo a realização dos transplantes sejam solucionados.

Segundo ela, o número total de procedimentos feitos este ano já ultrapassa o percentual do balanço semestral - repassado pela Associação Brasileira de Transplantes -, chegando ao número de 67 procedimentos (sendo 31 de rim e 36 de córnea). Ela disse, ainda, que já foi feito um acordo com a equipe médica que realizava os transplantes de rim em João Pessoa e que o procedimento em breve voltará a ser feito no Hospital São Vicente de Paulo.

“Eles vão receber 20% acima da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS), só estamos esperado os trâmites burocráticos, como a entrega de documentação da equipe para que o acordo seja firmado”, garantiu Gyanna, ao enfatizar que em Campina Grande o procedimento continua a ser feito e que o Estado tem uma fila única.

“O paciente se inscreve junto à equipe transplantadora e muitos de João Pessoa estão optando pelos médicos de Campina e, dessa forma, passando pela cirurgia renal”, completou. Com relação aos transplantes de fígado e os de coração, ela afirmou que já havia um acordo com as equipes médicas, mas na última reunião realizada no Ministério Público Estadual foi feita uma nova exigência (a do pagamento do sobreaviso de 24h) - que está sendo avaliada pelo Estado.

Com relação ao término do “contrato informal” que vigorava até 2010, viabilizando o pagamento do sobreaviso, a diretora da central informou que ele foi cancelado porque a Controladoria Geral da União determinou que não era um procedimento legal.

Para suprir essa 'suspensão', o Estado teria oferecido aos médicos um aumento de 30% na remuneração pelos transplantes e 20% na captação, acima da tabela do SUS, totalizando um valor de R$ 7.844.

Gyanna Lins garantiu que no caso dos procedimentos que não estão sendo feitos no Estado, a gestão encaminha para outros locais com custo de deslocamento pago.