icon search
home icon Home > cotidiano > vida urbana
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

VIDA URBANA

Centro estimula a adoção de cães e gatos em João Pessoa

ONGs e Centro de Zoonoses tentam encontrar um lar para os animais para desafogar os 30 canis e a área para gatos da unidade.

Publicado em 17/03/2015 às 6:00 | Atualizado em 19/02/2024 às 11:11

Todos os dias, eles chegam às dezenas. Em ninhadas, encaixotados, deixados ao relento, amarrados em postes ou “esquecidos” por seus ex-donos, filhotes ou exemplares adultos de cães e gatos são acolhidos por ONGs protetoras que, junto com o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) administrado pela Secretaria de Saúde da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), pensam em como encontrar um lar para tantos animais. De um período de quarentena por motivos de saúde às feiras itinerantes de adoção, a partir daqui começa a se desenhar um destino diferente para cada peludo.

“Aqui no CCZ, eles passam por uma triagem com exames, para verificarmos primeiro se o animal está bem. Depois, passam por um processo de adaptação para ajudar a moldá-los ao convívio humano – já que a desconfiança e o comportamento arredio podem ser uma resposta muito provável aos maus-tratos que sofreram. Por último, encaminhamos para a guarda responsável”, salienta a veterinária sanitarista do CCZ, Suely Ruth Silva.

Levar bichos para o Centro, prática que ajudou a difundir ao longo dos anos a imagem de enorme abrigo que carrega, hoje só é permitido em casos super-restritos, como em ataques contra pessoas (quando o cão é submetido a testes de raiva), acidentes, como atropelamentos, e principalmente doenças, a exemplo da leishmaniose (calazar no animal), tratável em humanos, mas fatal neles e endêmica em zonas de mata.

“Até dois anos atrás, era costume encontrarmos cachorros amarrados nas grades do Centro, debilitados (alguns até alimentados por soro). Na segunda-feira, por exemplo, ainda celebramos o ‘Dia Internacional do Gato’, tantas as caixas com ninhadas abandonadas na nossa porta”, lamenta o técnico em Vigilância em Saúde Fabrício Souza, que reconhece que o comportamento criminoso e a imagem de depósito animal felizmente diminuíram, graças à atuação da Polícia Ambiental, combinada às campanhas de conscientização. Mas, ainda há um longo caminho pela frente.

Uma das ações mais eficientes para desafogar os 30 canis e a área para gatos da unidade, conscientizando quanto à guarda responsável, eram as feiras de adoção promovidas mês a mês pelos bairros da capital. No entanto, uma resolução aprovada em 2014 pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), e que entrou em vigor em 15 de janeiro último, veio de encontro com o modo como elas vinham sendo organizadas, à medida que estabeleceu novas regras para o acondicionamento e exposição dos bichinhos, não mais em gaiolas, com vistas à sua segurança e bem-estar.

BICHO NA REDE (VIRTUAL)
“Em respeito a essas medidas, e em parceria com as ONGs, fortalecemos o nosso projeto Rede de Adoção, através do qual disponibilizamos um e-mail ([email protected]) e coletamos informações e fotos do animalzinho prestes a ser doado, para divulgarmos pelas redes sociais”, esclarece Fabrício. A ajuda ganha um plus com a adesão de seis organizações ligadas à causa animal e mais um exército de simpatizantes.

Como o próprio nome diz, o Centro trata zoonoses, muitas delas graves e altamente contagiosas, como a cinomose e a parvovirose, que acometem e chegam a matar em poucos dias animais sadios. “Também não se trata de confundir controle com mortandade pela eutanásia, que é outra fama tão mal associada ao Centro. O animal sadio tem o seu caminho quando reabilitado”, desmistifica Fabrício. Mas, como o mundo animal tende a repetir as mesmas segregações do humano, a preferência nesta hora é por 1º cachorro, 2º macho, 3º filhote, 4º branco e 5º de raça. O que faz com que os gatos pretos, deficientes, mutilados ou idosos, vítimas de superstição histórica, quase nunca saiam de lá ou cumpram uma jornada eterna de idas e vindas a feiras.

FIQUE POR DENTRO
Caso você veja ou saiba de maus-tratos cometidos contra qualquer animal, a Delegacia de Polícia é o caminho para denunciar. Estes são crimes previstos pelo artigo 32 da lei federal 9.605/98 (a Lei de Crimes Ambientais), com pena de detenção de três meses a um ano, mais multa.

O artigo 164 do Código Penal também prevê o crime de abandono de animais para aqueles que deixam animais em propriedade alheia, sem consentimento de quem de direito, desde que o fato resulte prejuízo. A pena é de detenção de 15 dias a seis meses ou multa.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp