Chance de paraibano de 60 anos chegar aos 80 mais do que dobrou em 38 anos

Expectativa de vida na PB chegou a 73,8 anos; mulheres vivem mais que homens.

Idoso (Foto: Rizemberg Felipe)

Chance de paraibano de 60 anos chegar aos 80 mais do que dobrou em 38 anos

A chance de um paraibano de 60 anos chegar aos 80 mais do que dobrou em 38 anos, revelou nesta quinta-feira (28) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o estudo ‘Tábuas Completas de Mortalidade do Brasil de 2018’, em 1980 apenas 66 sexagenários paraibanos tinham chance de viver mais 20 anos, número que pulou para 123 em 2017.

Comparando homens e mulheres, elas são mais longevas: a cada mil homens com 60 anos em 2017, metade deve chegar aos 80, enquanto 624 mulheres vão chegar lá. Na média, dentro dessa população os homens têm expectativa de chegar aos 81,3 anos e as mulheres, aos 83,7 anos.

Vida até 73,8 anos

O mesmo levantamento demonstra que a expectativa de vida ao nascer do paraibano em 2018 chegou a 73,8 anos, dois anos e meio a menos que a média nacional e quase seis anos a menos do que no estado com população mais longeva, Santa Catarina, com 79,7 anos.

Mais uma vez, as mulheres têm promessa de viver mais: são quase oito anos a mais de expectativas de vida em relação aos homens: elas devem chegar aos 77,7 anos, enquanto eles chegam aos 69,9.

Mortalidade infantil

Se a expectativa de vida entre os mais idosos cresceu, a cada mil crianças nascidas vivas na Paraíba em 2018, 14,7 não chegariam ao seu primeiro aniversário. A média brasileira é de 12,48 e o melhor resultado foi registrado pelo Espírito Santo, onde 8,1 crianças morrem no primeiro ano de vida. O IBGE compara os resultados brasileiros com as médias nacionais dos países que compõem o BRICS, destacando a China, onde são registrados 9,9 mortes no primeiro ano para cada mil nascidos vivos.

População envelhecendo

Na análise do IBGE, esse movimento é resultado da redução da mortalidade em idades mais avançadas, registrada em todo o Brasil. O documento indica que “a estrutura por sexo e idade da população brasileira vem se modificando continuamente ao longo do tempo como mostra os Censos Demográficos”.

“A diminuição no nível da fecundidade, iniciada no final da década de 60 e início dos anos de 1970, e no nível de mortalidade que já vinha ocorrendo desde meados da década de 1940, fizeram com que a estrutura etária da população brasileira fosse envelhecendo gradativamente, tanto pelo o estreitamento da base da pirâmide, através da diminuição da fecundidade, quanto pelo o aumento da participação dos demais grupos de idade com a contribuição imprescindível da diminuição dos níveis de mortalidade”, diz o IBGE.