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VIDA URBANA

Cidade exaltada na literatura de cordel

Pessoas que tiveram influência e contribuíram com o desenvolvimento da cidade nas diversas áreas, inspiram Manoel Monteiro.

Publicado em 11/10/2012 às 6:00

“Princesa, deusa e rainha da Serra da Borborema”, é dessa forma que o poeta Manoel Monteiro descreve Campina Grande, sem poupar elogios à cidade que ele escolheu para morar há mais de 50 anos. “Tenho amor por esta cidade, pois não há lugar melhor para se morar. Como o poeta tem o dever de fantasiar as coisas e de colorir até o trágico”, os cordéis de Manoel sobre Campina Grande são sempre enaltecidos e saudosistas.

O que mais inspira Manoel Monteiro em Campina Grande são as pessoas que tiveram influência e contribuíram com o desenvolvimento da cidade nas diversas áreas. Algumas dessas personalidades, como ele mesmo intitula, Manoel conviveu e outras pesquisou para conhecer a história de cada uma.

Entre os cordéis já produzidos, o poeta destaca o de Stênio Lopes, Severino Cabral, Lourdes Ramalho, Marinês e Aluízio Campos. “Toda essa literatura possui a essência da história de vida dessas pessoas, é uma espécie de biografia, que também pode ser crítica”, ressaltou.

Manoel Monteiro também já produziu sobre o algodão colorido, o polo calçadista, a feira central e sem deixar de esquecer o Maior São João do Mundo, considerados símbolos da cultura campinense. O poeta não poupa elogios sobre a festa junina, que para ele, deve ser prestigiada na literatura por ser um evento que gera renda para a cidade.

Quem visita o escritório de Manoel se depara com uma máquina de datilografia em cima do birô e algumas estantes com livros de diversas áreas e um espaço reservado para a extensa publicação de literatura de cordel feita por ele. Indagado sobre o processo de trabalho de produção dos cordéis, Manoel Monteiro afirma que tem praticamente três trabalhos, pois quando surge a inspiração sobre o que vai escrever ele passa tudo para o papel, depois datilografa e a filha – assistente pessoal do poeta – é responsável pela digitação do cordel no computador para ser encaminhado para a gráfica.

Manoel Monteiro

O poeta Manoel Monteiro nasceu em 1937, em Pernambuco, e logo nos primeiros anos teve aproximação com os folheteiros e violeiros. Dessa aproximação surgiu o desejo de conhecer essa arte. Como não tinha aptidão para o improviso, começou a escrever alguns versos, quando passou a vender folhetos de feira em feira no Estado pernambucano. Logo depois se mudou para Campina Grande, onde também passou a vender versos de outros poetas, até que, em 1953, publicou o primeiro cordel de sua autoria, que relatava a história de uma mulher que se transformou em cobra por ter blasfemado o padre Cícero.


Manoel Monteiro é um autodidata. Nos cordéis podemos encontrar versos sobre saúde, cultura, meio ambiente e educação. O poeta faz parte da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, que tem sede no Rio de Janeiro. Em 2010 recebeu o título de 'O cordelista do ano'.

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Jornal da Paraíba

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