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VIDA URBANA

Com pouco policiamento, interior é alvo fácil para criminosos

Municípios têm apenas um ou dois policiais e as delegacias vivem fechadas ou funcionam em sistema de rodízio. Situação contribui para o aumento da criminalidade.

Publicado em 02/08/2015 às 8:00

Uma cidade com quase oito mil habitantes e apenas dois policiais para dar conta das ocorrências. Essa é a realidade vivenciada pelos moradores de Juarez Távora, na região de Itabaiana (Agreste), e da maioria dos municípios do interior da Paraíba. O cenário chega a ser desolador. A população jogada à própria sorte, e os poucos policiais trabalhando em condições precárias. Para agravar a situação, as delegacias do interior vivem fechadas ou funcionam em sistema de rodízio. Em algumas, o delegado só aparece uma vez por semana. Diante disso, o interior vira alvo fácil para os bandidos, inclusive para ataques a bancos.

A reportagem do JORNAL DA PARAÍBA esteve em alguns municípios do interior para saber como anda o policiamento. Em Juarez Távora, Agreste, dois policiais militares ficam responsáveis pelo policiamento da cidade. Um deles, sem se identificar, disse que a situação é preocupante. “Você acha que nós dois temos como garantir a segurança da população?”. O segundo policial que estava de plantão em Juarez Távora estava sem dormir desde o dia anterior, quando estava de serviço em outra cidade próxima. “Tenho que pagar minhas contas, o jeito é fazer extra”, disse o policial visivelmente cansado.

Nas ruas, a população fala em abandono. “É um absurdo o que vivemos. A cidade só conta com dois policiais. Quando tem um roubo ou outra ocorrência qualquer, eles só chegam quando tudo já foi resolvido. “Estamos jogados à própria sorte”, disse a dona de casa Elizabeth Almeida. Segundo ela, em consequência da falta de policiamento e do aumento da criminalidade, muitos moradores já não se sentem seguros em ficar na frente de casa, à noite, conversando com os vizinhos, como antigamente.
A manicure Gisele Campos disse que os casos de roubos e furtos são frequentes no município.

Segundo ela, além de pequenos furtos de roupas estendidas nos varais das residências, também são registrados roubos de bicicletas e motos. Os estabelecimentos comerciais, como era de se esperar, se tornam alvos fáceis dos bandidos. Em junho deste ano, a agência dos Correios e Telégrafos da cidade foi assaltada durante o dia, por dois homens. A casa lotérica foi roubada duas vezes só este ano. O município também está na lista dos com bancos explodidos.

Quanto mais distante a cidade ficar dos grandes polos, mais complicado é o policiamento. No município de São João do Cariri, na região do Cariri, não há policiamento fixo. A cidade depende do apoio de viaturas de outros municípios que ficam a, pelo menos, 20 quilômetros de distância. Em Serra Branca, também no Cariri, um soldado, sem se identificar, disse que a falta de efetivo é o principal problema na cidade. Segundo ele, algumas cidades só não ficam completamente sem policiamento porque há um morador que é policial. Essa situação acontece em Parari, Coxixola e em São João do Cariri, conforme disse o soldado. (*Especial para o JP)

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Jornal da Paraíba

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