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VIDA URBANA

Crise inviabiliza e também atrasa novos shoppings na Paraíba

Dos sete empreendimentos anunciados, três nunca saíram do papel e três estão atrasados.

Publicado em 23/03/2016 às 8:00

Ao menos sete shopping centers foram anunciados nos últimos anos, na Paraíba, e apenas um deles, o Pátio Cidade Nova, em Campina Grande, segue a programação inicial. Três nunca saíram do papel, e outros três estão atrasados. Destes, dois atrasaram por causa da retração econômica e um por falta de licença ambiental. Até 2019, os quatro shopping centers devem somar o capital de R$ 620 milhões e a oferta de 9.600 empregos. A matéria do JORNAL DA PARAÍBA é a terceira da série “Sai do Papel?”, integrada com as empresas da Rede Paraíba de Comunicação.

O shopping Pátio Cidade Nova, que tem investimentos de R$ 30 milhões e que deve gerar 600 empregos, está planejado para abrir as portas ainda este ano. Mas o atual momento de retração econômica, com a queda de 10,7% no volume de vendas do varejo nos últimos 12 meses, na Paraíba, e de 6,4% no setor de serviços, conforme o IBGE, já provocou atraso da instalação de pelo menos dois empreendimentos (Rio Sierra Partage Shopping, em Campina Grande, e o Patos Shopping).

Conforme o empresário Deca do Atacadão, um dos sócios do Sierra, a previsão inicial de inauguração era o ano de 2017, mas com a queda da atividade econômica, é mais conveniente esperar pela retomada do crescimento. A nova projeção de inauguração é o ano de 2019. “Nós vendemos 10% das lojas, mas o restante só colocaremos em oferta em 2018, quando esperamos que a economia esteja melhor. Nosso projeto foi modificado. Hoje, o empreendimento é formado pelos grupos Rio do Peixe, Rocha e Partage. Com essa mudança, primeiro será finalizada a ampliação do Shopping Partage e, em seguida, trataremos do Sierra, que está com a terraplanagem concluída”, disse Deca. O projeto tem investimentos de R$ 250 milhões, com projeção de empregar 3.500 trabalhadores.

O Patos Shopping, do Grupo N Claudino, está investindo R$ 120 milhões na cidade e pretende abrir 1.500 vagas, mas o empreendimento já está atrasado seis meses em relação ao cronograma inicial. A empresa também espera a retomada do crescimento econômico para ofertar as lojas. Já o Shopping Pátio Intermares, em Cabedelo, está há quatro anos sem sair do papel por conta da falta de licença ambiental. O empreendimento prevê investimentos de R$ 220 milhões e a geração de até 6 mil empregos.

Histórico

Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico de Campina Grande, Luis Alberto, em 2013, houve o lançamento de cinco shopping centers, mas apenas dois serão implantados. “Naquele ano, foi divulgado um estudo de mercado que Campina Grande tinha capacidade para 30 mil metros quadrados de área bruta locável. Na época, a cidade só tinha um shopping”.

Ele explica que um dos investimentos era de um grupo paulista, que não vingou. Outro era da família Cunha Lima, mas não deu certo porque ficava próximo ao aeroporto. Outro empreendimento teve seu formato modificado para abrigar a Faculdade Maurício de Nassau. Para Luis Alberto, os dois novos empreendimentos a serem inaugurados devem suprir o mercado consumidor local.

Novos centros comerciais vão dividir consumidores

O presidente da Federação da Câmara dos Dirigentes Lojistas (FCDL), José Lopes, afirma que todo investimento é arriscado, sobretudo no atual momento.

“Se o empresário não apostar, a situação vai piorar. Porém, a instalação de novos shoppings divide os consumidores, que terão mais opções de produtos. Neste caso, o consumidor sai ganhando. Já para os empresários, a situação vai ficar mais competitiva. Vai sobreviver quem oferecer os melhores produtos, os melhores serviços”.

José Lopes avalia que os shopping centers causam impacto no comércio de rua.

“As pessoas preferem comprar no shopping porque é mais confortável, tem estacionamento, é mais seguro e tem mais opções de lazer. Mas nas cidades menores, o comércio de rua continua forte”.

O presidente da FCDL ressalta que o mercado está retraído hoje, mas pode retomar o crescimento.

“Patos vai ter dois shoppings e tem mercado para isto. Campina Grande também está preparada para quando a economia melhorar”, afirmou ele.

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Jornal da Paraíba

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