Mais cinco unidades do Programa de Saúde da Família (PSF) da cidade de Santa Rita, região metropolitana de João Pessoa, foram interditadas nesta quarta-feira (23) pelo Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB). Ao todo, são 15 unidades sem funcionar devido a irregularidades. Dez postos do município já haviam sido interditados na última sexta-feira (18) após uma vistoria que encontrou diversas irregularidades.
De acordo o diretor do Departamento de Fiscalização do CRM-PB, João Alberto de Moraes, as unidades interdidatas hoje foram fechadas por não apresentarem melhorias desde a última vistoria, realizada no início de agosto. “Notificamos a Prefeitura e apresentamos na Câmara de Vereadores uma série de fotos que retratam o caos que encontramos nas vistorias. Porém, até o momento nenhuma providência foi tomada para sanar os problemas”, explicou João Alberto.
Segundo ele, das 16 unidades fiscalizadas até o momento, 15 tiveram que ser interditadas. Até a próxima sexta-feira (25) serão fiscalizados os demais postos da cidade e outras interdições podem ser feitas.
Irregularidades
João Alberto afirmou que as principais irregularidades encontradas nas unidades envolvem consultórios sem aparelhos médicos; pias sem sabão e toalhas; falta de cadeiras em algumas unidades visitadas; falta de manutenção predial; mesas para exames sem conservação, com ferrugem; higiene precária, dentre outras.
"É um risco para o médico exercer a medicina sem a mínima condição de trabalho, sem condições de fazer higienização adequada", disse ele. "Ao mesmo tempo, os pacientes precisam ter o mínimo de estrutura, equipamentos e insumos para serem bem atendidos pelos profissionais", concluiu.
O CRM-PB informou que já encaminhou ao Ministério Público de Santa Rita um relatório com as informações sobre as condições das unidades de saúde. O mesmo documento também será enviado para o Ministério da Saúde e para Procuradoria da República na Paraíba.
Situação do teto de um dos Postos de Saúde da Família interditados na semana passada em Santa Rita pelo CRM. (Foto: Francisco França)
A reportagem do JORNAL DA PARAÍBA tentou contato com a Prefeitura de Santa Rita, mas não teve as ligações atendidas.
