CRM-PB constata falta de equipamentos no Hospital Regional de Patos

Quantidade de EPIs é suficiente apenas para as duas próximas semanas e UTI tinha apenas uma médica.

Foto: Divulgação/Secom-PB

CRM-PB constata falta de equipamentos no Hospital Regional de Patos

    Quantidade de EPIs é suficiente apenas para as duas próximas semanas e UTI tinha apenas uma médica. Foto: Divulgação/Secom-PB

O Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) realizou uma fiscalização no Hospital Regional de Patos, nesta terça-feira (7). Uma das constatações do órgão foi a falta de equipamentos para proteção dos profissionais de saúde, principalmente no tratamento de pacientes suspeitos de contaminação pelo novo coronavírus.

O vice-presidente do CRM-PB, Antônio Henriques, explicou que no Hospital Regional de Patos, referência para casos suspeitos ou confirmados de Covid-19, a quantidade de EPIs é suficiente apenas para as duas próximas semanas. Neste hospital, há apenas dois respiradores para os pacientes com coronavírus, o que é uma quantidade insuficiente diante do esperado no decorrer da epidemia.

Ele acrescentou que havia no momento apenas uma médica na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), que também estava atendendo no Hospital do Bem (unidade hospitalar que trata pacientes com câncer), o que é uma falha gravíssima. Os diretores não se encontravam no hospital.

Quanto ao Hospital Infantil Noaldo Leite e a Maternidade Peregrino Filho, também em Patos, a equipe do CRM-PB encontrou uma situação mais confortável para o atendimento dos pacientes. “Os hospitais possuem EPIs suficientes e ainda quatro respiradores reservas, além de toda estrutura de UTI, para suspeitos e confirmados com Covid-19”, destacou, o membro da Comissão de Enfretamento ao Coronavírus do CRM-PB, Bruno Leandro.

Em nota, a diretora do Complexo Hospitalar de Patos, Liliane Sena, afirmou que a quantidade de EPIs é suficiente para suprir a demanda dos próximos dez dias. Além disso, nesta terça (7), foram compradas 1 mil máscaras, com previsão de chegada para 15 dias. A direção também disse que foram comprados dois mil aventais descartáveis e impermeáveis e destacou que a unidade hospitalar recebeu doações de protetores faciais.

Sobre a quantidade momentânea de equipamentos, constada pelo CRM-PB, Liliane Sena justificou que está havendo uma dificuldade na compra e entrega, dentro de um prazo mais curto. Porém, segundo ela, esta problemática não é isolada a nenhuma unidade de saúde, mas, uma realidade mundial, devido a pandemia da Covid-19.