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VIDA URBANA

Cuidados podem minimizar asma

Doença é crônica e faz asmático manter vigilância constante para evitar crises, principalmente na mudanças de temperatura. 

Publicado em 20/05/2012 às 13:30


A designer de interiores Willyanne Mendes, de 26 anos, não pode ter ursinhos de pelúcia nem tapetes em casa, deve estar sempre em ambientes livres de poeira e evitar ar condicionado. Todos esses cuidados são tomados porque ela tem asma, uma doença inflamatória crônica, caracterizada por tosse, chiado no peito e falta de ar.

Willyanne contou que a sua primeira crise asmática foi aos 11 anos e teve como consequência a pneumonia. “Foi na primeira vez em que menstruei e todos os meses seguintes voltava a ter crises no mesmo período. Hoje, diminuiu porque tomo a bombinha de corticoide e anticoncepcional”, explicou.

O médico pneumologista da designer de interiores, Alexandre Araruna, explicou que algumas mulheres têm a asma associada à menstruação devido à taxa do hormônio progesterona, que aumenta neste período. Ele disse, porém, que essa não é uma regra geral.

Dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES) mostram que os casos de internações por asma diminuíram de 8.755 em 2010 para 7.652 em 2011. Quando se fala em Brasil, o número também caiu. De acordo com o Ministério da Saúde, o Sistema Único de Saúde (SUS) registrou 203.250 internações em 2009.

No ano seguinte, o número baixou para 193.197 e, em 2011, a queda foi ainda maior, com 177.860 pacientes internados por asma.

Alexandre Araruna, que é médico do Estado, explicou que campanhas estratégicas podem contribuir para essa queda.

“Ações estratégicas determinadas pelas entidades podem sim trabalhar na diminuição da doença. Essa campanha de vacinação contra a gripe, por exemplo, é uma medida preventiva”, justificou.

Ele, no entanto, enfatizou que esses números não podem ser considerados como uma tendência. “Várias coisas repercutem para essa diminuição, além das promoções do município, Estado ou país. O clima, por exemplo. Quando esfria muito, o paciente piora. Quando há muitas ocorrências de gripe, também. Não dá pra garantir se isso é uma tendência. Quem tiver essa certeza está se passando por vidente”, explicou o pneumologista. A SES ainda não tem dados de 2012 da doença.

Segundo o pneumologista Leonardo Gadelha, a asma atinge quase que igualmente adultos e crianças. Ele informou que, quando a doença é diagnosticada na infância, é mais fácil de ser tratada desde que todos os cuidados recomendados pelo médico sejam tomados. Na fase adulta, no entanto, o controle é mais difícil. “No adulto, é comum ver associação ao tabagismo. Por isso há uma dificuldade maior, porque ele não quer largar o cigarro. É fundamental que o paciente deixe de fumar”, recomendou o médico. Se associada ao tabagismo, o paciente mais velho tem uma chance maior de desenvolver um enfisema pulmonar.

Willyanne, que tem um quadro de asma instável, disse que tem crises quando tem alergia e em períodos de mudança de temperatura. Como tratamento, ela usa a bombinha de corticoide duas vezes ao dia. A ocorrência da doença é mais comum no inverno, uma vez que neste período a população fica mais confinada, passível a ambientes com mofo ou cheiros fortes, segundo Leonardo Gadelha. A grande incidência de viroses durante o frio também contribui para crises.

Segundo dados do Ministério da Saúde, o gene da asma, que é o mesmo da rinite, está presente em cerca de 8% a 10% da população. Entre os portadores, 2/3 apresentam crise de asma na infância e ficam assintomáticos na idade adulta, enquanto que 1/3 apresenta sintomas na idade adulta.

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Jornal da Paraíba

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