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VIDA URBANA

Deficientes enfrentam problemas na Integração

Rampas de acessibilidade distantes da pista, onde os ônibus param, e buracos no meio-fio são problemas enfrentados pelos cadeirantes que usam o terminal.

Publicado em 31/08/2013 às 6:00 | Atualizado em 14/04/2023 às 16:54

Rampas de acessibilidade fora de alinhamento ou desniveladas da pista, faixas de pedestres apagadas e ausência de piso direcional são alguns dos problemas apontados por quem sofre de alguma deficiência ou mobilidade reduzida, seja ela permanente ou temporária, e utiliza o Terminal de Integração de ônibus, em João Pessoa. Já a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob), órgão responsável pelo funcionamento do local, informou que já iniciou um projeto e que vai executar as obras necessárias até o final deste ano.

Além dos diversos desafios que é preciso superar, cadeirantes, deficientes visuais e idosos reclamam das dificuldades que passam no local. O cadeirante Antônio Hermínio, 46 anos, por exemplo, lamentou o fato das rampas de acessibilidade ficarem distantes da pista, onde os ônibus param, e buracos no meio-fio que podem causar acidentes. “As rampas são mais baixas do que o nível da rua e aqui onde pego o ônibus pro Colinas do Sul tem esse buraco no meio-fio, que eu já conheço, mas se for outra pessoa, a roda pode travar e ela cair da cadeira. Outra coisa que algumas rampas não ficam de frente uma para a outra e isso também dificulta”, relatou.

Já um trio de deficientes visuais que havia acabado de descer do ônibus mostrou que os desafios são ainda maiores para quem não enxerga. “Nós usamos a integração todos os dias para ir ao Instituto dos Cegos e a Fundação Centro Integrado de Apoio ao Portador de Deficiência (Funad) e aqui percebemos que há algumas pastilhas do piso perto das catracas de entrada e saída estão quebradas, o que pode causar um acidente, caso a gente tropece. Na calçada, também existem algumas brechas ou pequenos buracos e além disso, muitas vezes os ônibus param fora da parada e nós acabamos perdendo”, disse Socorro Faustino, 21 anos.

“Eu quero acrescentar uma coisa: se aqui tivesse o piso direcional iria nos ajudar muito, pois saberíamos os trechos em que podemos continuar seguindo, onde parar e onde fazer os desvios”, completou Severino dos Ramos, 39 anos, que também sofre de cegueira.

“Para cada tipo de deficiência existe uma gama de obstáculos a serem enfrentados diariamente, como calçadas desniveladas, com buracos e obstáculos, que afetam tanto pessoas com deficiência como as que possuem mobilidade reduzida, como idosos e gestantes. E ao falar da integração a situação não é diferente. Lá essas pessoas encontram dificuldades para transitar de uma faixa de parada de ônibus para a outra, porque as rampas de acessibilidade estão desencontradas, por exemplo”, afirmou o presidente da Associação de Deficientes e Familiares (Asdef), Francisco Isidório.

Segundo ele, se houvesse a continuidade das rampas diminuiria o risco iminente da própria travessia, já que a passagem de um lado para outro seria mais rápida e mais segura.

Porém, outro problema foi apontado pelo presidente da Asdef, para pessoas com necessidades especiais que dependem do transporte público de João Pessoa: a (in)validade do passe livre para os deficientes que vêm de cidades da Região Metropolitana da capital.

“Deficientes que residem em Santa Rita, Bayeux e Cabedelo, quando chegam a João Pessoa para trabalhar ou estudar precisam pagar pelo deslocamento, pois o passe livre para deficientes dessas cidades não é aceito no sistema de ônibus de João Pessoa. Seria preciso implantar algum sistema que beneficiasse essas pessoas. Alguns motoristas, por tolerância, aceitam que elas embarquem nos ônibus mesmo assim, mas muitos deles não permitem porque o passe livre é inválido e isso acaba dificultando a locomoção. Nós temos procurado manter o diálogo com os órgão públicos para sanar esses problemas”, denunciou.

PERFIL

Francisco Isidório disse que não saberia estimar quantos portadores de deficiência utilizam o transporte público em João Pessoa, mas afirmou que cerca de 4 mil deficientes possuem o passe livre na capital. “Solicitamos à Semob a implantação da bilhetagem eletrônica para portadores de deficiência, para que possamos traçar um perfil de quais rotas e horários de ônibus são mais utilizados, afim de melhorar a administração do sistema e colocar a frota de ônibus adaptados conforme a demanda de local e horário. Além disso, também pedimos que fiscalizassem a manutenção das plataformas dos ônibus e a Semob se comprometeu em fazer isso”, afirmou.

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Jornal da Paraíba

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