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VIDA URBANA

Depois da morte de 5 garimpeiros, órgãos planejam fiscalizar minas

Foram cinco mortes em minas do Seridó paraibano este ano, quatro somente no último mês. Cooperativa denuncia condições precárias de trabalho na extração de minérios.

Publicado em 03/12/2010 às 13:57

Karoline Zilah

A superintendência regional do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), ligado ao Ministério de Minas e Energia, convocou uma reunião para a próxima terça-feira (7) com o objetivo de discutir as condições de trabalho de mineradores do Seridó paraibano.

Somente este ano foram registradas cinco mortes em bancadas de extração de minério, duas ocorridas na quinta-feira (2). As vítimas trabalhavam num túnel e ficaram soterradas. O resgate contou com a ajuda de uma retroescavadeira da prefeitura de Junco do Seridó, município onde aconteceu o acidente.

De acordo com a superintendente Marina Motta Gadelha, participam da reunião representantes dos Ministérios Públicos do Trabalho de Campina Grande e de Patos, além do Ministério Público Federal.

Na ocasião, serão analisados laudos sobre o último acidente. Outro objetivo é detetar se a área onde os homens trabalhavam pertencia a alguma empresa legalizada. Com base nas informações colhidas, os órgãos farão uma programação de fiscalizações nas minas. A extração de caulim e quartzito constitui uma das principais atividades financeiras do município de Junco do Seridó, onde aconteceram quatro das cinco mortes deste ano.

Ainda conforme a Marina Gadelha, uma equipe do DNPM visitou o local do acidente na quinta-feira, mas não conseguiu realizar uma inspeção sobre as condições de trabalho porque os homens que trabalhavam na mina haviam abandonado a área após o acidente.

“O que temos apenas são relatos dos garimpeiros, de que as empresas que os contratam não fornecem qualquer tipo de maquinário ou proteção individual para que eles trabalhem com segurança”, comentou a superintendente do órgão. Segundo ela, em várias minas também não há registros de acompanhamento de profissionais especializados na atividade, como engenheiro de minas, geólogo e técnico em mineração, o que aumenta o risco de acidentes e mortes.

Irregularidades

Em novembro, o Jornal da Paraíba publicou que o setor de mineração emprega na informalidade cerca de 40% da mão de obra do município de Junco do Seridó. A informação é da Cooperativa de Mineradores do Seridó (Cooperjunco).

O trabalho realizado por operários de forma irregular em mineradoras fez com que apenas este ano fossem encaminhados 30 procedimentos ao Ministério Público Federal, pedindo a apuração de acidentes e formas precárias de exploração do trabalho.

Em novembro, Aparecida Farias, representante da Cooperjunco, denunciou ao Paraíba1 que as autoridades responsáveis não agiam com eficácia no combate à exploração ilegal dos garimpos.

Imagem

Jornal da Paraíba

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