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VIDA URBANA

Desafios de quem vai estudar fora do país

Paraibanos relatam dificuldades com o frio e a culinária em busca de ganhos no desenvolvimento pessoal e profissional.

Publicado em 25/01/2015 às 8:00

Enfrentando uma cultura, costumes e clima diferentes do que estão habituados, alguns estudantes paraibanos abrem mão do conforto dos seus lares para viver novas experiências fora do país. Com o programa ‘Ciência Sem Fronteiras’, o governo federal oportuniza aos graduandos e pós-graduandos brasileiros essa vivência, através do intercâmbio em diversas universidades distribuídas em 29 países parceiros. Cientes de que a participação nesse programa trará ganhos ao desempenho profissional e pessoal, os campinenses Cicero da Costa Freire Filho, 20 anos, e Waleska Rodrigues Pontes da Costa, 20 anos, foram estudar nos Estados Unidos, com o propósito de se prepararem melhor para enfrentar os desafios que o futuro lhes reserva.

Cicero é estudante de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e está na Auburn University há cinco meses. Waleska também estuda na UFCG, mas cursa Engenharia de Petróleo e foi para a West Virginia University. Desde junho do ano passado que ela mora nos Estados Unidos. Motivados em aprimorar os conhecimentos, ambos se inscreveram no ‘Ciências sem Fronteiras’ enxergando a possibilidade de estudar em universidades que são referência na área de que eles escolheram atuar. Além disso, queriam aperfeiçoar o inglês e ter contato com pessoas de outras nacionalidades.

“Vou melhorar muito meu currículo após estagiar fora do país. Mas o intercâmbio é uma contribuição muito maior em minha maturidade. Você aprende muito ao morar sozinho em outro país e conviver com outras culturas. Passei a observar o Brasil e o mundo com outros olhos”, apontou Cicero. Para Waleska, essa experiência também foi de amadurecimento. “Percebo que sou muito mais independente e essa independência veio acompanhada de um pouco mais de responsabilidade. O convívio diário com outras culturas tem aos poucos me tornado mais adulta”, acrescentou.

Para alcançar seus objetivos, os estudantes enfrentam algumas dificuldades morando em outros países. “A saudade da família é inevitável. Além disso a alimentação aqui não é das melhores, tudo é bem diferente do que eu estava habituada a comer no Brasil.”, destacou Waleska. “Algumas vezes a saudade bate forte, mas devo focar nos meus objetivos em estar aqui e na responsabilidade de dar orgulho àqueles que me esperam no Brasil. Acostumar com o frio e com a falta da comida brasileira está sendo um desafio”, complementou Cicero.

Mas os esforços desses futuros engenheiros são feitos pensando nas recompensas que essa experiência possibilita. Waleska irá voltar para o Brasil em agosto desse ano para concluir sua graduação. Ela espera que o programa possa abrir portas para um emprego em uma grande empresa do setor petrolífero. Cicero volta para Campina na mesma época e tem o mesmo pensamento de colher os resultados do seu empenho.

Programa beneficia 1,3 mil na Paraíba

Investir nos estudos fora do país vem sendo uma prática adotada pelos alunos das universidades paraibanas, facilitada pelo ‘Ciência sem Fronteiras’. Dos 75.168 estudantes brasileiros contemplados com o programa, 1.399 são paraibanos, de acordo com o Ministério da Educação (MEC). O Estado ocupa a 13ª posição no ranking dos Estados que mais possuem graduandos e pós-graduandos fora do país, através do programa. Se levados em consideração os 14.420 nordestinos beneficiados, sobe para o 5º lugar o posicionamento do Paraíba.

O ‘Ciência sem Fronteiras’ é um programa de incentivo à tecnologia da inovação, que visa a promover a consolidação e expansão dela, por meio do intercâmbio dos estudantes de graduação e pós graduação do Brasil com os sistemas educacionais de universidades modelos de outros países. A iniciativa é dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do MEC. O programa existe desde o dia 26 de julho de 2011.

Pouco mais da metade dos estudantes paraibanos que participam do programa são dos cursos de Engenharia, pois 767 deles são dessa área, o que representa 54,8% do número total. O menor quantitativo de alunos é das Ciências do Mar, com apenas cinco representantes, correspondendo a 0,35%. Além dessas duas, o ‘Ciências sem Fronteiras’ agrega também outras 16 áreas.

Para o assessor internacional da UFCG, Michel Fossy, a experiência com o programa contribui para a formação dos estudantes. “Quando o aluno que participou de um intercâmbio em uma universidade estrangeira vai concorrer a uma vaga de trabalho com outro que não viveu essa experiência, o currículo do primeiro com certeza terá um valor maior”, enfatizou.

As chamadas são financiadas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e de empresas parceiras. Os alunos têm direito a auxílio instalação; material didático; passagens aéreas; seguro saúde e mensalidade de bolsa, com valores que variam de R$ 7 mil a R$ 50 mil. A bolsa é de 12 meses, podendo estender-se até 18 meses.

Intercâmbio particular também é alternativa

Para as pessoas que não se enquadram nas exigências do ‘Ciência sem Fronteiras’, os intercâmbios particulares são uma alternativa de conhecer novas culturas e interagir com os mais variados tipos humanos. Em Campina Grande, o professor de inglês Egilson da Gama é um representante de intercâmbio da Inglaterra e anualmente organiza esse tipo de atividade no país.

O projeto desenvolvido pelo professor consiste no aprendizado linguístico aliado à experiência cultural. “Temos contato não só com o idioma, mas também fazemos visitas a locais e cidades turísticas e históricas”, salientou. A ideia do programa de intercâmbio surgiu há 15 anos, após Egilson ter concluído a formação acadêmica dele na Inglaterra e ter sido convidado por uma instituição britânica a organizar grupos de intercambistas para o Reino Unido.

O programa é adequado para qualquer pessoa, a partir de 15 anos de idade, que deseje participar, independente de ser aluno meu ou não. É ótimo para estudantes de todos os níveis e profissionais desejosos de aprimorar conhecimentos e currículo”, frisou.

O programa cultural acontece exclusivamente na Inglaterra. O custo para participar dele depende da duração, que pode ser de duas semanas até cinco meses, e da localização onde o programa acontece. Passar um mês custa em média R$ 8 mil. Todas as necessidades estão inclusas no programa, como curso, certificado, acomodação, refeições, seguros e passeios.

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Jornal da Paraíba

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