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VIDA URBANA

Diabetes causa mortes na PB

Entre janeiro de 2010 e março deste ano, o Estado registrou 7.332 mortes por diabetes; 5,3% dos paraibanos possuem a doença.

Publicado em 12/04/2014 às 6:00 | Atualizado em 19/01/2024 às 15:12

A alimentação inadequada rica em massa, gordura e açúcar agiu de maneira silenciosa no organismo do jornalista Jorge Lobato, que há 10 anos enfrenta a diabetes. A doença do metabolismo da glicose, causada pela falta ou má absorção de insulina, pode trazer consequências graves, inclusive a morte, se não for bem tratada.

Dados do Ministério da Saúde (MS) mostram que 5,3% da população paraibana ou 194.881 pessoas possuem diabetes. Já entre janeiro de 2010 e março deste ano, o Estado registrou 7.332 mortes por diabetes, conforme os dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade na Paraíba.

Hoje com 54 anos de idade, Jorge enfrenta uma série de consequências provocadas pela falta de cuidados com a saúde.

Ele contou que a diabetes foi adquirida pela má alimentação e pelo “pavor” que sentia de uma consulta médica. “Eu era muito ativo, trabalhei durante 23 anos como repórter, era uma pessoa que comia de tudo e muito e não me preocupava com a saúde, até sentir os primeiros sintomas da doença”, contou. Para o jornalista, por ser silenciosa, o organismo recebeu os primeiros sinais da doença quando ela já tinha atingido seu organismo de forma considerável.

“Eu comecei a sentir a boca seca, com sede, comecei a urinar mais e sentia coceira pelo corpo, então fui aconselhado a consultar um médico. O resultado dos exames mostrou que minha glicose estava em 335, quando o normal é entre 90 a 110. Eu pesava 147 quilos na época, hoje estou com 90 quilos”, lembrou. Mas os problemas estavam apenas começando.

Internado durante 19 dias, três dedos dos seus pés tiveram que ser amputados, além dos dois calcanhares e a parte de cima do seu pé direito. “Eu lembro que o médico tentou de tudo para não amputar minhas pernas e conseguiu, mas eu fiquei limitado a uma cadeira de rodas”, frisou.

Outro problema que surgiu como consequência da doença foi a retinoplastia, uma alteração na retina que provoca cegueira.

“Hoje eu não enxergo com o olho esquerdo e o direito tenho entre 30% a 40% de visão, mas na verdade só vejo vultos”, lamentou. Ele fez um alerta e um pedido para a população. “Eu investiguei toda a minha família para saber se essa doença poderia ser genética, mas no meu caso não era. Me alimentei mal e não cuidei da minha saúde. Faço um alerta para que as pessoas pensem na sua saúde, façam pelo menos uma vez ao ano exames de sangue, visitem o médico. Eu tenho consciência das consequências. O que mais quero agora é poder ver a minha neta, de 4 anos de idade, se formando”, disse ele.

TRATAMENTO

O jornalista Jorge Lobato realizava, através do Sistema Único de Saúde (SUS), um tratamento a laser para melhorar a visão, mas desde o ano passado não consegue uma sessão, que custa em média R$ 350. Ele conta que conseguiu fazer oito sessões. Vivendo do auxílio-doença, utilizado especialmente para a compra de medicamentos, ele não tem condições de arcar com mais um tratamento. Atualmente, Lobato precisa tomar medicamentos para outros órgãos que também foram afetados pela doença.

POSTOS DE SAÚDE OFERECEM TRATAMENTO

De acordo com os dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade na Paraíba da Secretaria Estadual de Saúde, foram notificados 7.332 mortes por diabetes, entre janeiro de 2010 e março deste ano. Em 2010 foram 1.718 óbitos; em 2011, 1.921; 2012, 1.730 óbitos; 2013, com 1.747 mortes e; 2014, com 216 óbitos (até março).

Conforme Vanja Raquel Vasconcelos, do Núcleo de Doenças e Agravos Não Transmissíveis da SES, a principal meta do tratamento do diabetes é controlar os níveis de glicose por isso ele deve ser feito pela Atenção Primária em Saúde. Pela rede pública ele é oferecido nas Estratégias de Saúde da Família, os populares postos do PSF. Na rede particular, o tratamento é realizado por endocrinologistas

De acordo com ela, o Programa Saúde Não Tem Preço promove a ampliação da rede Aqui Tem Farmácia Popular, que disponibiliza medicamentos gratuitos para hipertensão e diabetes nas farmácias credenciadas desde fevereiro de 2011.

As medicações distribuídas através do SUS para o tratamento do diabetes estão na Relação Nacional de Medicamentos: (Renam), a lista que é revista e atualizada a cada dois anos e inclui os medicamentos para cuidados básicos para o controle do Diabetes e da Hipertensão Arterial.

Para quem faz uso de insulina, o Ministério da Saúde financia os tipos NHP e Regular. As complicações do diabetes são tratadas em hospitais públicos ou privados.

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Jornal da Paraíba

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