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VIDA URBANA

Dossiê revela impacto do aborto ilegal nos cofres públicos da PB

Gastos públicos em João Pessoa com curetagens pós-abortamento foram de R$ 532.422 e, em Campina Grande, o custo com o procedimento foi de R$ 414 mil.

Publicado em 17/10/2009 às 10:27

Da Redação
Com assessoria dos coletivos

Dados revelam que a ilegalidade do aborto no Brasil impacta diretamente na qualidade do atendimento no sistema público de saúde. Gastos público com práticas não recomendadas chega a quase R$ 533 mil só em João Pessoa.

Pesquisadoras da Cunhã – Coletivo Feminista, Grupo Curumim (Pernambuco), CFEMEA (Brasília) e IPAS (Rio de Janeiro) e representantes do movimento de mulheres são as responsáveis por investigar os números e o impacto da ilegalidade do aborto para as mulheres e o sistema público de saúde na Paraíba.

Os resultados fazem parte do Dossiê sobre a Realidade do Aborto Inseguro na Paraíba: O Impacto da Ilegalidade do Abortamento na Saúde das Mulheres e nos Serviços de Saúde de João Pessoa e Campina Grande.

Um exemplo de desperdício de dinheiro público é a baixa utilização da AMIU (Aspiração Manual Intra-Uterina) no estado, que tem inúmeras vantagens – inclusive de menor custo para o SUS - em relação ao procedimento de curetagem pós-abortamento, que é a raspagem do útero.

A curetagem prolonga o tempo de internação da paciente, oferece riscos de infecção para as mulheres, e é mais cara do que a AMIU. Enquanto João Pessoa realizou apenas 29 AMIU entre janeiro de 2008 e junho de 2009, foram realizadas na capital 2.803 curetagens e, em Campina Grande (onde ainda não é realizado o procedimento de AMIU), foram feitas 2.319 curetagens no mesmo período.

Os gastos públicos em João Pessoa com curetagens pós-abortamento foram de R$ 532.422 e, em Campina Grande, o custo com o procedimento foi de R$ 414 mil. Ao mesmo tempo, foram gastos com AMIU apenas R$ 3.746, em João Pessoa, no mesmo período.

O Dossiê é resultado de um trabalho que vem sendo desenvolvido em parceria com o IPAS, Curumim e conta com o apoio do Instituto de Medicina Social da UERJ. Até agora já foram feitos trabalhos similares nos estados de Pernambuco, Rio de Janeiro, Bahia e Mato Grosso do Sul, visando demonstrar os impactos da ilegalidade do aborto nestes estados. Nos próximos dias, o Dossiê da Paraíba será divulgado amplamente a parlamentares no estado.

Na próxima semana, uma comitiva formada por representantes destas organizações visitará duas maternidades da Paraíba para avaliar a qualidade do atendimento às mulheres. Na próxima terça-feira (20), às 11h, será feita uma visita à Maternidade Instituto Saúde Elpídio de Almeida (ISEA), em Campina Grande, e na quarta-feira (21), às 10h será a vez do Instituto Cândida Vargas, em João Pessoa.

Imagem

Jornal da Paraíba

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