Estudo reduz número de partos prematuros na Paraíba

Quase 10% dos bebês que nascem em hospitais públicos da Paraíba são prematuros.

Partos prematuros, ou seja, de bebês que nascem antes da 37ª semana de gravidez são bastante comuns. O nascimento antes do tempo previsto (o ideal são 40 semanas de gestação) contribui para a mortalidade infantil e para danos permanentes na criança, como paralisia cerebral, autismo e atrasos de desenvolvimento. Na Paraíba, quase 10% dos partos realizados nos hospitais públicos são considerados prematuros.

Proporcionalmente à quantidade de nascidos vivos, os números do Estado são superiores à média nacional.

De acordo com os dados mais recentes do Ministério da Saúde, em 2009, 6,9% dos partos realizados no país foram prematuros.

Na Paraíba, os dados da Secretaria Estadual de Saúde mostram que, no mesmo ano, 9,35% dos partos aconteceram antes das 37 semanas de gestação. Em 2010, a proporção foi praticamente a mesma no Estado, 9,39%. No ano de 2010, foram 5.515 partos prematuros na Paraíba, ou seja, mais de 15 partos prematuros por dia, nos hospitais públicos do Estado.

Conforme o ginecologista e obstetra Eduardo Fonseca, há como diminuir a prematuridade dos partos e, consequentemente, reduzir os óbitos desses recém-nascidos. O médico paraibano, em parceria com mais dois pesquisadores, um norte-americano (Roberto Romero) e um inglês (Kypros Nicolaides) desenvolveu um estudo inédito que reduz a quantidade de nascimentos antes do tempo previsto.

“Quanto menor o nível socioeconômico da família, maior o risco de partos prematuros. Infelizmente, o índice brasileiro ainda é maior que a maioria dos países europeus”, destacou o médico que faz parte da Comissão de Medicina Fetal da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). Segundo Eduardo Fonseca, os índices dos Estados Unidos também são altos, sendo maiores que os números brasileiros. (Especial para o JP)