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VIDA URBANA

Falta de professor e servidor atrasa começo de aula na PB

Sem funcionários, escolas estaduais adiam início do ano letivo, e sindicato da categoria programa paralisação na sexta.

Publicado em 10/02/2015 às 6:00 | Atualizado em 22/02/2024 às 17:55

O ano letivo da rede estadual da Paraíba teve início ontem. Mas, em algumas escolas, a falta de professores e de funcionários dificultou o começo das aulas. Além disso, os servidores da educação farão paralisação de 24 horas na próxima sexta-feira. Neste dia, haverá assembleias nas regionais de ensino para discutir o percentual de reajuste salarial concedido pelo governo do Estado e a deliberação de greve.

O Fórum de Educação Permanente da Paraíba (FEPP), estima que cerca de quatro mil funcionários temporários, que prestavam serviços ao Governo do Estado na área da educação, não tiveram seus contratos renovados no último mês de janeiro. O órgão avalia ainda que as unidades de ensino mais prejudicadas com o déficit de profissionais foram as de Campina Grande e João Pessoa.

Já a assessoria da Secretaria de Educação do Estado alegou que o quadro de funcionários está sendo organizado e que o atraso do ano letivo não prejudicará os alunos. No entanto, a reportagem do JORNAL DA PARAÍBA visitou algumas unidades de ensino de João Pessoa e Campina Grande e constatou que a falta de profissionais impossibilitou o início das aulas em algumas escolas, como Professora Úrsula Lianza, localizada no bairro do Tambiá, na capital, e a Poetisa Vicentina Vital do Rêgo, que fica no bairro do Jeremias, em Campina.

A Vicentina Vital do Rêgo, por exemplo, perdeu seis professores do Ensino Fundamental I e II e dois funcionários de apoio, responsáveis pela limpeza. De acordo com a gestora da escola, Geralda Maria de Araújo, de hoje até quinta os professores irão se reunir para o planejamento. Com isso, as aulas só terão início no dia 19, após o Carnaval. “Nós não poderíamos começar as aulas sem fazer esse planejamento e adiamos o início do ano letivo para depois do Carnaval. Mas, para que não haja nenhum prejuízo, esses dias sem aula serão repostos ao longo do ano”, explicou a gestora.

O adiamento das aulas pegou de surpresa alunos e seus responsáveis que estavam esperando que as atividades pedagógicas começassem no dia estabelecido durante o período de matrícula. Foi o que disse Ângela Maria da Silva, 34 anos, que tem um filho matriculado no 8° ano na Poetisa Vicentina Vital do Rêgo, e que a surpreendeu ao chegar em casa pouco tempo depois de ter saído para ir à escola. “Quando ele disse que não ia ter aula, eu vim até a escola para saber o verdadeiro motivo. Eu acho que esse adiamento será prejudicial, porque quanto menos tempo o aluno passar na escola, pior é o aprendizado”, disse a dona de casa.

SECRETÁRIO É RECEBIDO POR MANIFESTANTES
A solenidade de abertura do ano letivo da rede estadual de ensino, em Campina Grande, foi marcada por tumulto. Agendado para a tarde de ontem na Escola Dr. Elpídio de Almeida (Estadual da Prata), o evento mal chegou a acontecer. Após a chegada do secretário de Estado da Educação, Aléssio Trindade, com sua comitiva, à instituição, cerca de 80 manifestantes adentraram a unidade, protestando contra o reajuste salarial de 9% concedido à classe no mês de janeiro. A manifestação foi organizada pelo Fórum Permanente de Educação da Paraíba (FEPP).

Na ocasião, o secretário, que estava conhecendo a escola e concedia entrevista a veículos de comunicação, foi surpreendido pela invasão dos protestantes, que o seguiram até a saída da instituição. Aléssio Trindade, que não abriu diálogo com os manifestantes, só conseguiu ir embora depois que a Polícia Militar abriu passagem entre as pessoas.

Segundo o FEPP, a alegação do Governo do Estado, de que aumentou em 20% o salário dos professores, não corresponde à realidade. Eles argumentam que o reajuste de 20% só foi concedido aos professores polivalentes, que correspondem a apenas 2% do quadro de professores da rede e afirmam que, aos demais profissionais da classe, a reposição foi de 9%, de forma dividida: 4,5% em janeiro e 4,5% a partir de outubro.

Ainda segundo o FEPP, o governo não cumpre o piso nacional do professor, atualmente fixado em R$ 1.917,78. Este foi o terceiro protesto consecutivo, em menos de um mês, em Campina Grande, contra o reajuste salarial dado aos professores da rede estadual de ensino. (Colaborou Andréia Xavier)

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Jornal da Paraíba

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