“Foi queima de arquivo”, diz pai de professora encontrada morta em João Pessoa

Segundo pai da vítima, filha deve ter descoberto algum segredo de seu companheiro, suspeito do crime.

O pai da professora encontrada com um tiro na cabeça no bairro Muçumagro, em João Pessoa, na segunda-feira (18), acredita que a filha foi assassinada pelo companheiro após descobrir algum segredo dele. As declarações foram feitas durante coletiva de imprensa realizada pela Polícia Civil na manhã desta quarta (20).

"Foi queima de arquivo", diz pai de professora encontrada morta em João PessoaRibamar Mendonça afirmou que a filha, Priscila Vanessa, deve ter descoberto alguma informação incriminadora sobre o companheiro, Carlos Eduardo Carneiro Ferreira Filho, de 30 anos, e por isso foi morta. Carlos é considerado pela polícia como sendo o principal suspeito do crime.

"Eu acho que minha filha descobriu algo sobre ele", disse. "Minha filha era evangélica, devido ao estilo de vida dela ela não deve ter compactuado com o que descobriu", declarou, acrescentando que a filha parecia estar sendo "oprimida" ultimamente e que ela chorava constantemente nos dias que antecederam sua morte.

A delegada do caso, Maria das Doures Coutinho, informou que foram encontradas mensagens do suspeito que demonstravam desprezo em relação à vítima, o que leva a polícia a crer que eles passavam por um momento conturbado no relacionamento."Foi queima de arquivo", concluiu o pai de Priscila.

Cena do crime foi forjada para parecer suicídio, diz polícia

Carlos Eduardo negou envolvimento na morte de Priscila. Ele afirmou que foi dormir às 21h no dia do crime e acordou com os disparos. "Eu fui socorrer. Ela deu o último suspiro no meu braço. Minha vida era ela. Chamei [o Samu] na hora", declarou.  

O homem matinha ainda uma arma enterrada em casa que, segundo ele, era herança de seu pai; ela estaria escondida porque ele estava "esperando mudanças na lei para poder registrá-la". Ele declarou que ensinou a Priscila como usar a arma.

Suspeito lamenta morte em rede social

Em seu perfil em uma rede social, o homem lamentou a morte da companheira. "Por que eu não fui"Foi queima de arquivo", diz pai de professora encontrada morta em João Pessoa capaz de perceber, meu amor. Por que não me levou junto de ti?", escreveu, acrescentando que "por muito tempo busquei refúgio em bobagens para preencher meu tempo e fui negligente com a minha Pryscilla".

Para o perito criminal Ademar Roberto, entretanto, a cena do crime foi manipulada para parecer suicídio. A delegada Maria das Doures Coutinho afirmou que "não tem dúvidas de que foi ele [o companheiro da vítima] que cometeu o crime".