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VIDA URBANA

Governo promete novo laboratório do IPC e aumenta número de "rabecões"

Novas unidades serão distribuídas entre as sete cidades que têm núcleos do IPC.

Publicado em 06/08/2010 às 14:21

Da Redação
Com Secom-PB


Cerca de R$ 3 milhões foram investidos em equipamentos para o Instituto de Polícia Científica da Paraíba (IPC). As máquinas serão usadas na instalação de um novo laboratório de toxicologia. Além da aparelhagem, o instituto recebeu mais dez veículos e aumentou para 18 o número de carros usados no transporte de cadáveres, os conhecidos ‘rabecões’. As novas unidades serão distribuídas entre as sete cidades que têm núcleos do IPC.

Outra novidade é que, dentro de pouco tempo, o IPC também ganhará nova sede. Está em fase de conclusão a doação de um terreno com 2,5 hectares de extensão. A área será doada pela Companhia de Habitação Popular da Paraíba (Cehap) e será utilizada para a construção das novas instalações do órgão. De acordo com o superintendente do instituto, Antonio Toscano, a aparelhagem comprada foi entregue. Algumas salas do instituto estão passando por reformas e foram desativadas.

Por isso, os equipamentos recém-comprados permanecem nas caixas. Eles estão aguardando a conclusão das obras para serem instalados. A previsão é que o maquinário comece a funcionar dentro de 30 dias. De acordo com Toscano, os acessórios serão utilizados para exames de toxicologia forense e irão fazer parte de um novo e moderno setor. “Será o laboratório de análise instrumental”, acrescentou.

Os novos equipamentos vão ajudar os peritos a resolver os cerca de 100 casos que estão em andamento no IPC. Para isso, o órgão dispõe de 120 peritos e os laboratórios de DNA, de Toxicologia, Papiloscopia, Documentoscopia, Fisio-Química e Análise Instrumental, que será implantado em breve.

“O IPC é responsável pela elaboração de prova material”, explica Toscano. “Ele é composto pelas gerências executivas de Medicina e Odontologia Legal, Criminalística, de Laboratório Forense e de Identificação Civil e Criminal”, completa.

“Em cada cidade do Estado há um posto de identificação civil conveniado a prefeitura, ao Instituto de Polícia Científica e à Secretaria de Segurança. Ainda temos núcleos de medicina e odontologia legal nas cidades de Guarabira, Campina Grande e Patos. Esses são os órgãos que compõem o IPC da Paraíba e os responsáveis pela prova material, ou seja, a realização das perícias forenses”, detalha Toscano.

Laboratórios

Entre os laboratórios do IPC, há um capaz de ajudar a polícia a resolver delitos cometidos pela internet. Com o uso de equipamentos modernos, o setor pode solucionar casos de desvios de contas, detectar eventuais edições em imagens, sons e até comparar autoria de vozes ou outros tipos de ruídos que forem envolvidos nos casos. O IPC ainda dispõe equipamentos e peritos que encontram adulterações em documentos e falsificação de assinaturas. Eles podem, inclusive, descobrir se um papel foi assinado em branco e recebeu informações impressas depois.

Em outra sala do instituto, protegido por uma fechadura à base de impressão digital, está o laboratório de identificação criminal. Responsável por guardar e revelar informações de pessoas, o local dispõe de um sistema informatizado que pode ser alimentado por autoridades em qualquer parte do Brasil.

“Assim, se um indivíduo estiver identificado no Maranhão, Roraima ou na Paraíba, tudo isso é alimentado a nível nacional. Quando a gente faz a pesquisa, o sistema nos informa se esse indivíduo já foi preso ou não”, detalha Toscano.

Papiloscopia Forense

Outro laboratório é o de Papiloscopia Forense. A perita Gracinete Duarte da Costa, que trabalha na área há 22 anos, é uma das três responsáveis pelo trabalho. Ela conta que os peritos têm a missão de encontrar impressões digitais na cena de crime que podem identificar os criminosos e, em alguns casos, a própria vítima.

“Nós usamos pó magnético e fotografias. Após coletar as impressões, fazemos o confronto com as impressões cadastradas no banco de dados que o IPC usa quando emite as carteiras de identidade”, explica.

Com ajuda de câmeras de alta resolução e computadores, os peritos procuram pontos em comuns entre as duas impressões: a coletada na cena do crime e aquela retirada do banco de dados do IPC. Mesmo que a carteira de identidade tenha sido emitida em outro Estado, ainda assim, é possível fazer a identificação. É que o IPC usa um sistema nacional de informações.

Essa ferramenta mostra, inclusive, se o suspeito tem antecedentes criminais e se as impressões digitais dele apareceram alguma cena de crime anterior. “O resultado sai em 20 segundos”, completa a perita.

Prova inquestionável

A impressão digital é considerada prova inquestionável no processo criminal. As marcas sobre a pele dos dedos são únicas e individuais. Até gêmeos idênticos têm os desenhos diferentes. Após uma pessoa deixar a impressão digital sobre qualquer superfície, as marcas permanecem no local por muito tempo. Nem a poeira e nem a chuva é capaz de apagar. Até em casos de corpos desconhecidos em decomposição, as impressões são capazes de ajudar na identificação.

“Através de uma técnica em que o legista recorta parte do tecido da ponta dos dedos do cadáver, coloca sobre uma superfície e retira a impressão. Ele manda para nós e identificamos o corpo”, explica Gracinete.

Os peritos podem voltar à cena do crime, quantas vezes acharem necessário. Eles podem, inclusive, interditar a área. Além de exames criminais, o IPC realiza a emissão de documentos pessoais e atestados de antecedentes criminais.

Imagem

Jornal da Paraíba

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