Guardas municipais fecham rua das Trincheiras e tentam invadir Câmara

A rua das Trincheiras, no Centro de João Pessoa, em frente à Câmara Municipal, foi tomada na manhã desta terça-feira (14) por servidores da Guarda Civil Municipal que realizaram um protesto fechando a via e alertando motoristas sobre a importância da atividade. A ação começou por volta das 9h, quando os manifestantes tentaram entrar na Casa para falar de reivindicações da categoria, como aumento salarial e melhores condições de trabalho. Como estava ocorrendo sessão extraordinária no plenário, o pedido foi negado, gerando revolta e movimentação por parte dos guardas.

Para acalmar os ânimos dos manifestantes, o vereador Raoni Mendes apresentou um requerimento com um pedido de audiência pública para tratar da questão, mas apenas dois vereadores que estavam presentes, além do próprio Raoni, votaram a favor – Lucas Brito e Renato Martins. Diante dos pedidos da categoria, ficou acertado que uma comissão com quatro pessoas do sindicato seria formada para participar de uma reunião no gabinete da presidência da Câmara ainda sem data definida.

Os guardas municipais decretaram greve por tempo indeterminado na manhã da segunda-feira (13). De acordo com o presidente do sindicato, Joalisson Barros, eles querem o aumento de R$ 850,00 para R$ 1.100, cerca de 30% a mais, que é equivalente ao salário que os guardas recebem em outro municípios. Joalison acrescentou ainda que a paralisação acontece porque João Pessoa paga o salário mais baixo de toda a Paraíba.

Conforme o presidente do sindicato, nos dias 1 e 31 de janeiro eles já haviam tentado negociar o salário com a Prefeitura, mas mesmo tendo ficado acertado uma conversa em fevereiro para negociação, não obtiveram êxito. Então, no domingo (12), em assembleia com a classe, eles então decidiram decretar a greve. O sindicato destaca que mantém os 30% de serviços em funcionamento conforme a Lei exige.

Secretário diz que maioria das reivindicações foram atendidas
Em entrevista concedida na manhã de ontem (13) à rádio CBN João Pessoa, o secretário de segurança pública, Geraldo Amorim, afirmou que a maioria das reivindicações dos guardas municipais já foram atendidas pelo órgão. "Quando o prefeito assumiu, só tínhamos quatro Pálios velhos, caindo aos pedaços. Hoje nós temos 25 viaturas, cinco cabines duplas, um micro-ônibus, van, 25 motos", comentou.

"O maior ganho da guarda foi, primeiro, essa capacitacao que fizemos e a mudanca de perfil do guarda nao só estar cuidando do patrimônio público, mas interagindo com a comunidade, nos logradouros públicos, nas praças, na orla, no centro fazendo um trabalho de prevenção. Foi sso que deu nome e repercussao à categoria", complementou, frisando que a secretaria fará de tudo para que a segurança do município não fique prejudicada com a paralisação.

"Temos uma equipe de guardas voluntários, que não aderiram à greve. E nós vamos cobrar o mínimo de 30% do efetivo que os guardas municipais devem manter, o que não está acontecendo".