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VIDA URBANA

Hospital Regional de CG pode recorrer ao Exército para garantir cirurgias

Dezessei cirurgiões prestadores de serviço saíram no último sábado. Médicos concursados não aceitam a sobrecarga de trabalho e ameaçam pedir demissão coletiva.

Publicado em 26/04/2011 às 8:20

Do Jornal da Paraíba

Para manter o atendimento nas cirurgias de urgência, a direção do Hospital Regional de Emergência e Trauma de Campina Grande pode ser obrigado a recorrer ao Exército Brasileiro. Após a saída dos 16 cirurgiões que prestavam serviço por meio de uma cooperativa no último sábado, o hospital está enfrentando a insatisfação dos 11 médicos concursados que não aceitam a sobrecarga de trabalho e ameaçam pedir demissão coletiva.

A decisão será tomada após uma assembleia marcada para a próxima quinta-feira (28), mas um médico já deu início ao movimento pedindo exoneração individualmente.

Caso fique sem cirurgiões, a direção do hospital estuda a possibilidade de executar um Plano de Calamidade, convocando os médicos militares em regime de emergência. “Se eles pedirem demissão coletiva terão de cumprir um aviso prévio de 30 dias e neste período vamos discutir as alternativas com a Secretaria de Saúde. Se for necessário, vamos dar início a um Plano de Calamidade recorrendo aos médicos do Exército como aconteceu no Recife há alguns anos”, explicou Flaubert Cruz, diretor técnico do Hospital Regional.

O colapso no atendimento já começou. Na manhã de ontem, o Regional ficou sem cirurgião desde às 7h, impossibilitando o atendimento caso fosse necessário fazer uma operação de emergência. De acordo com a direção, os três médicos concursados que estavam na escala faltaram sem comunicar previamente.

“O que a gente pede é a paciência dos colegas, porque nós estamos no início de governo e ainda estamos buscando as soluções. Agente não parou o hospital, mas houve prejuízo nas pequenas cirurgias e as visitas nas enfermarias e estamos com muita dificuldade para manter as cirurgias. É uma situação caótica e preocupante, temos de tratar isso de forma urgente para evitar que vidas sejam perdidas em Campina Grande”, clamou o Flaubert Cruz.

A estimativa é de que o número de atendimentos tenha caído 60% desde o início do movimento, percentual que corresponde apenas ao cancelamento de todas as cirurgias de pequeno porte. Em média são seis cirurgias por dia e atualmente estão sendo feitas de duas a três.

Para garantir o funcionamento, o hospital está sendo obrigado a priorizar os casos de extrema urgência, como ocorrências de tiro, facada e atropelamento. Vítimas de acidente estão sendo encaminhadas para o Hospital Antônio Targino, enquanto pacientes de outras especialidades como pequenas cirurgias serão transferidos para atendimento no Hospital Geral de Queimadas e em hospitais particulares da cidade vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS), como a Clipsi e Dom Pedro I.

Apesar das dificuldades, o Regional está garantindo o atendimento normal no setor de queimaduras, único na cidade, e nas especialidades cirúrgicas, como cirurgia infantil e vascular, já que os médicos destes setores não aderiram ao movimento. A ameaça de demissão coletiva pode prejudicar o processo de transferência gradativa para o novo Hospital de Trauma, que teria de começar a funcionar sem oferecer serviços de cirurgia por falta de médico. Por enquanto, não há previsão de concurso para o preenchimento das vagas ainda neste primeiro semestre.

Leia a reportagem completa na edição de hoje do Jornal da Paraíba

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Jornal da Paraíba

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