Hospital suspende quimioterapia por falta de pagamento do SUS

Gerente diz que atendimentos do Hospital da FAP já chegaram ao teto estipulado pelo SUS e que procedimentos feitos ainda não foram devidamente pagos.

Maurício Melo
Com TV Paraíba

Estão suspensos os novos atendimentos a quem necessita de quimioterapia no Hospital da FAP, em Campina Grande. A razão é que o limite de atendimentos neste procedimento já teria sido alcançado. Além disso, o Sistema Único de Saúde (SUS) não estaria pagando completamente os tratamentos já efetuados.

O aviso de suspensão e a explicação dos motivos foram dados pelo gerente do Centro de Cancerologia do hospital, Rogério de Assis, nesta quarta-feira (20). Ele disse que o SUS limita o número de atendimentos em diversos tratamentos e que o teto da quimioterapia já teria sido alcançado.

Rogério frisou, no entanto, que os pacientes que já começaram o tratamento não serão afetados pela suspensão e poderão continuar suas sessões sem interrupções. "Apenas não estamos podendo receber novos casos", explicou.

Na última sexta-feira, ortopedistas e neurocirurgiões do Hospital Antonio Targino (HAT), também em Campina Grande, avisaram que deixariam de atender pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Eles reclamavam que estavam sem receber por todos os procedimentos feitos desde o início do ano.

Por conta disso, a Promotoria de Justiça da Saúde de Campina Grande recomendou aos profissionais de saúde que atuam no Hospital Antônio Targino não suspendam seus serviços de urgência e emergência e os médicos que descumprirem a recomendação responderão às penalidades legais.