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VIDA URBANA

INSS concede 5 auxílios-doença por dia para profissionais na PB

Apenas no ano passado, foram disponibilizados 1.890 benefícios a contribuintes da Previdência.

Publicado em 18/03/2015 às 6:00 | Atualizado em 19/02/2024 às 11:09

Por enfrentarem transtornos psiquiátricos, algumas pessoas são submetidas a abdicarem de suas profissões para cuidar das patologias que comprometem sua rotina de trabalho. Na Paraíba são concedidos em média cinco auxílios-doença por dia para profissionais diagnosticados com problemas mentais, de acordo com dados do Instituto Nacional do Seguro Social na Paraíba (INSS-PB). Apenas no ano passado, foram disponibilizados 1.890 benefícios a contribuintes da Previdência que apresentaram esse tipo de transtorno. Esse quantitativo equivale a 5,9% do total de auxílios-doença concedidos em 2014, que foi de 32.169.

Ainda com base nos dados no INSS-PB, nos dois últimos anos o número de benefícios a pessoas que possuem algum transtorno mental aumentou 12,9%, já que em 2013 foram contabilizados 1.674 auxílios-doença para pessoas com esse tipo de problema. Este ano, até o mês de fevereiro, 232 profissionais tiveram direito ao auxílio por não conseguirem executar as atividades laborais devido a males psiquiátricos.

Rivaldo Alves, 70 anos, deixou de trabalhar anos atrás porque apresentou transtornos mentais. Ele era dono de uma oficina mecânica em Aroeiras, no Agreste paraibano, e as constantes crises nervosas o fizeram largar a profissão que exercia desde os 20 anos. Por ser contribuinte do INSS, Rivaldo procurou seus direitos e conseguiu o auxílio-doença, que garante o seu sustento até hoje desde quando abandonou o serviço por motivos de saúde há dez anos.

Segundo o INSS, para o profissional adquirir o benefício do auxílio-doença ele precisa agendar o seu atendimento em um dos canais de atendimento do órgão por telefone, através do número 135 ou pelo site. Ao se dirigir até o INSS, o trabalhador deve levar o atestado médico e se submeter a uma perícia que irá avaliar a doença e a sua incapacidade para o trabalho.

O órgão custeia os auxílios-doença de todos trabalhadores que contribuem com a Previdência, sejam eles empregados da iniciativa privada, os avulsos, os domésticos e os autônomos. Quanto aos funcionários públicos, o recebimento do auxílio depende do regime de contratação das gestões. Para ter direito a ele é necessário que o trabalhador tenha contribuído por no mínimo 12 meses e o cálculo do valor do benefício é feito com base na renda do contribuinte.

De acordo com a médica do trabalho Cláudia Furtado Carneiro da Cunha, estresse, depressão e uma rotina repetitiva no ambiente de trabalho são alguns dos fatores que podem levar as pessoas a desenvolverem problemas psiquiátricos. “Geralmente quem trabalha no trânsito, em setores de urgência e emergência dos hospitais e em lugares onde vão ter contato direto com pessoas está mais sujeito a ter uma rotina cansativa e estressante. Tudo isso pode causar transtornos mentais para quem está fragilizado, mas essa questão é bastante relativa de uma pessoa para outra”, explicou.

A médica indica que ao ser diagnosticado com algum transtorno mental o paciente deve ser levado a um especialista para saber quais os tratamentos indicados para sua patologia. Para evitar que esses problemas se manifestem, ela aconselha as pessoas a procurarem realizar exercícios físicos e ocupar a mente com atividades que lhe deem prazer. (Especial para o JP)

Análise da Notícia

Por: George Ramalho
médico-psiquiatra

HERANÇA GENÉTICA NA ORIGEM DOS PROBLEMAS MENTAIS E COMPORTAMENTAIS

"A herança genética (familiar) na origem dos problemas mentais e comportamentais está cada vez mais comprovada. A isso se soma o ambiente onde o indivíduo se desenvolve. Desde o útero da mãe, passando pelo ambiente (família, escola, amigos), determinando no final qual o grau de saúde e/ ou transtornos mentais que acometem cada pessoa.

O impacto do transtorno mental é visível de forma sutil ou desastrosa no indivíduo, na sua família e amigos e na sociedade em geral. E vai desde pequenas intrigas, mal estar nos relacionamentos, até suicídios ou homicídios, uso de drogas, abuso de álcool, agressões, acidentes e outros mais.

Para tratar desses transtornos, o indivíduo ou sua família deve procurar um psiquiatra ou psicólogo (ou ambos), que indicarão o tratamento necessário. Pode requerer medicamentos, tratamento psicológico ou os dois".

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Jornal da Paraíba

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