Isea arrecada doações para bebês trigêmeos

O sufoco se transformou em felicidade na noite da última segunda-feira, depois que a costureira Patrícia Murielle Leite, 26 anos, deu à luz trigêmeos no Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea), em Campina Grande. Há mais de 20 dias internada, a mãe aguardava ansiosa a chegada dos bebês, que nasceram saudáveis. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o último nascimento de trigêmeos registrado na maternidade, aconteceu em dezembro de 2009. O Isea está em campanha para arrecadar donativos para a família.

A mãe estava radiante na manhã de ontem, segurando duas de suas filhas gêmeas. Os bebês nasceram saudáveis, mas o menino ainda está em observação por causa de uma fissura labiopalatal, uma abertura na região do lábio, ocasionada pelo não fechamento dessas estruturas na fase embrionária. O problema não foi obstáculo para a felicidade da mãe, que não vê a hora de voltar para casa, em Patos, no Sertão paraibano. “Ele está sendo tratado e vai ficar bem, se Deus quiser”, disse ela.

A costureira contou que já era mãe de um menino de 5 anos e que não pôde conter o medo quando soube da gestação tripla.

“Quando o médico me informou que eram três eu não acreditei, fiquei muito preocupada, mas com o tempo fui me acostumando e hoje estou plenamente realizada”, contou. A mãe disse saber que o caso não é comum e que jamais esperava que o fato se repetisse na família. “Tenho uma tia que teve duas gestações de gêmeos. Eu não imaginava ficar grávida nem de dois bebês, imagina de trigêmeos”, disse sorrindo.

A avó dos bebês, Vandenice de Oliveira, contou que todos da família ficaram apreensivos e que estão unidos para que os bebês sejam bem instalados. “O pai está muito contente, apesar de saber que vai ter que fazer um esforço tremendo, pois passou de um para quatro filhos, mas tudo está correndo bem. As pessoas também estão chegando e nos ajudando, recebemos muitas doações de fraldas e de enxoval”, contou.

A mãe e os bebês continuam no Isea, ainda sem data para retornar para casa. Segundo a Secretaria de Saúde, casos como esse são muito raros. O último registrado na maternidade aconteceu há três anos. O Isea abriu suas portas para quem desejar fazer alguma doação para a família.