Laudo sobre a morte de cabo da PM deve sair em pelo menos 30 dias

O laudo esclarecendo as circunstâncias da morte do cabo da Polícia Militar Heide Carlos Gomes Prazeres deve sair em pelo menos 30 dias. O corpo do policial foi exumado na manhã desta terça-feira (5) no Cemitério Parque das Acácias, cumprindo uma determinação judicial. A Delegacia de Homicídios de João Pessoa abriu um inquérito para apurar o caso.

De acordo com o gerente operacional da Gerência Executiva de Medicina e Odontologia Legal (Gemol), Flávio Fabres, o corpo do cabo vai passar por um exame cadavérico completo, como se fosse o primeiro. Também vai ser feito um exame toxicológico.

“O Código de Processo Penal Brasileiro dá um prazo para que tenhamos concluídos os laudos, mas alguns exames laboratoriais demoram bem mais do que isso e como esses exames são realizados em outros setores, que não medicina legal, a gente fica aguardando para tirar nossas conclusões. Demora em torno de 30 a 45 dias para que se tenha conclusão”, afirmou Fabres em entrevista coletiva na Central de Polícia.

A exumação foi determinada pelo juiz Antônio Carneiro de Paiva Júnior, motivada por um pedido da família do cabo Heide Gomes. O delegado Reinaldo Nóbrega, que está responsável pelas investigações, explicou as motivações dos familiares. “Ele tinha uma atividade física cotidiana. Segundo os familiares, ele estava em pleno gozo da sua integridade física. Como ele era acostumado a fazer esse tipo de exercício acharam estranho o fato de ele ter passado mal, de ter tido alguma complicação”, disse.

Reinaldo ressaltou que a Polícia Civil pretende apurar todas as circunstâncias que levaram o cabo à morte. “Se ele não tinha histórico [ de problemas de saúde] e gozava de boa aptidão física, eu começo a pensar em fatalidade e não em um crime. Agora se você sabe que um paciente já tem um histórico e mesmo assim matrícula e submete a uma atividade física intensa, no mínimo você está assumindo o risco”, pontuou.

O cabo Heide Carlos Gomes morreu no dia 29 de março. Ele participava de uma prova física quando desmaiou ao correr cerca de 4km na BR-230, em João Pessoa. Ele foi levado ao Hospital de Emergência e Trauma, mas faleceu devido a uma paralisia nos rins e uma parada cardiorrespiratória.