O jovem Marvin Henriques Correia, de 18 anos, réu no processo da chacina de uma família paraibana na Espanha foi indiciado pelo crime de estupro de vulnerável, pelo qual estava sendo investigado desde o dia 19 de abril. A informação foi confirmada nesta quinta-feira (10) pela delegada da Infância e Juventude de João Pessoa, Joana D’arc. Segundo ela, em depoimento prestado nesta tarde, Marvin confirmou as relações sexuais com a adolescente de 13 anos.
"Ele confirmou que teve a relação sexual e disse que foi consensual. Ele disse que ela afirmava nas redes sociais que tinha 16 anos e que nos perfis ela dizia que havia nascido no ano de 2000", afirmou a delegada, complementando que, mesmo assim, isso não livra Marvin do crime de estupro de vulnerável, devido a idade da jovem.
Conforme Joana D’Arc, eles se conheceram nos primeiros meses do ano por meio do Instagram. A partir das conversas, ainda de acordo com a delegada, resolveram se encontrar no mês de abril. Os encontros aconteciam por volta das 17h ou 18h, já que Marvin precisava estar em casa antes das 22h, por estar em liberdade condicional, devido ao processo de participação na chacina da Espanha. Marvin e a garota teriam se encontrado apenas duas vezes.
"Ele [Marvin] foi ouvido nesta tarde e já está indiciado por estupro de vulnerável", disse a delegada. A partir do indiciamento, Joana D’arc comentou que os próximos trâmites agora são por conta da Justiça.
A delegada informou, ainda, que a defesa de Marvin acompanhou o depoimento. "[A defesa] não interferiu, inclusive ajudou no momento do depoimento. O advogado se mostrou disposto a colaborar com as investigações", revelou Joana D’arc.
O pai de Marvin, Percival Henriques, confirmou o depoimento do jovem na tarde desta sexta, mas disse que não iria comentar sobre o caso, uma vez que haveria o risco de expor a adolescente envolvida. Ele afirmou, ainda, que a menina se dizia ser mais velha e que a relação foi consensual.
