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VIDA URBANA

Mesa farta, mas sem exagero

Para manter a alimentação equilibrada durante o período de festas e confraternizações é preciso ter cautela e evitar os excessos.

Publicado em 15/12/2013 às 6:00 | Atualizado em 11/05/2023 às 15:28

O fim do ano é uma das épocas mais festivas: Natal, Réveillon, confraternizações nas empresas, entre amigos e família. Assim, é quase impossível não sair da rotina, consumir calorias extras e cometer alguns excessos, porém muito cuidado e algumas orientações podem ajudar nessa maratona de festas sem perder o pique, mantendo uma alimentação equilibrada.

De acordo com a nutricionista Sônia Cristina Pereira de Oliveira, que atua na área há 33 anos e ministra aulas na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), privar-se da mesa quando ela está mais farta e enfeitada, quando todos festejam o prazer de comer é submeter-se a um castigo desnecessário, já que com um pouco de cautela é possível equilibrar os prazeres da alimentação e manter o organismo saudável.

“Culturalmente, as pessoas esperam o ano todo pela oportunidade de comer todas as delícias que compõem a ceia natalina e o resultado são os consultórios e ambulatórios hospitalares cheios nos dias seguintes com pacientes com sintomas claros de exagero na ingestão tanto de alimentos quanto de bebidas. Para evitar diarreias e enjoos, é imprescindível que a pessoa não encha o prato com tudo que dispõe ao seu alcance, mas pode provar um pouco de cada coisa”, afirmou.

Segundo a nutricionista, as festas de fim de ano transformam-se em um desafio ainda maior para aqueles que se digladiam com o excesso de peso, com problemas como diabetes e intolerância a alguns alimentos. No entanto, a preocupação não deve restringir-se aos quilos ganhos nesse período, mas sim com as práticas alimentares ao longo das semanas e meses seguintes.

“O equilíbrio do organismo não vai ser alterado com uma ou outra refeição, mas sim por hábitos cotidianos que incluem o que chamamos de educação ou reeducação alimentar. Assim, os diabéticos devem manter o hábito de evitar doces, aproveitando as saladas e carnes dispostas nas ceias, bem como as pessoas que estão acima do peso deverão tomar cuidado e apostar no pernil, que é mais saudável ao invés do camarão, da salada tropical que é rica em fibras e importante para auxiliar no metabolismo e abrindo mão do tradicional salpicão”. alertou Sônia Cristina Pereira.

A regra vale também para as sobremesas. Com o hábito de presentear amigos e familiares com chocolates, no fim de ano, a dica, segundo a nutricionista é pensar muitas vezes antes de devorá-la de uma vez só. Dividir o presente com o namorado, marido, mãe e irmãos e consumir o que lhe resta em pequenas porções é essencial para controlar e reduzir a quantidade de calorias extras, que vêm com o presentinho.

COMER COM MODERAÇÃO PARA APROVEITAR A FESTA

Se você costuma manter a conduta da boa alimentação durante todo o ano e acha que pode exagerar nos encontros com colegas de empresa, familiares e amigos, durante as tradicionais confraternizações, que antecedem o Natal e Réveillon, a nutricionista afirma que é possível aproveitá-las sem tanto rigor ou exagero.

“O hábito de comer é, na verdade, um prazer que atinge a alma e que é realizado de maneira moderada por cada vez mais brasileiros, que se deparam com os problemas de saúde decorrentes do excesso de peso. No entanto, é possível manter o humor ao participar de tantos eventos onde a comilança é a regra, a partir de uma mudança de pensamento. É preciso que se entenda que esses eventos acontecem todos os anos e que as confraternizações são momentos de comemoração, onde a conversa e os sorrisos devem ser a regra, e os alimentos apenas petiscos para animar ainda mais o momento”, ressaltou.

Deste modo, a dica da nutricionista é, durante as reuniões sociais, comer pouco, procurar as saladas, um prato quente com poucas calorias, evitando molhos, gratinados e ainda assim degustá-los com moderação. Quanto às bebidas, uma taça de vinho não faz mal a ninguém e a recomendação é pela escolha dos tintos, que possuem isoflavonas, que atuam diretamente na prevenção dos radicais livres e entupimento de artérias. Apesar desses benefícios, a ordem é uma ou duas taças e não a ingestão de uma garrafa inteira.

EXCESSOS À MESA PODEM PROVOCAR MAL-ESTAR

O professor de música Michel Costa, de 30 anos, já enfrentou as consequências do exagero com a comilança de fim de ano, passando o dia de Natal acamado. Segundo ele, o fato teve início na noite de 24 de dezembro de 2011, quando comemorava a data na casa de seus pais, regada a um prato italiano conhecido como sardela, feito por ele mesmo, salgadinhos e bebidas alcoólicas. A mistura não deu muito certo.

“Passei a noite e madrugada bebendo e comendo muito. Entre os alimentos que ingeri lembro da sardela e uns salgadinhos que ficaram pela mesa, tomando sereno. Na manhã do dia 25 tive que buscar na rodoviária minha sogra e minha noiva, eu estava ressacado. Passando mal com tamanha dor no estômago, não consegui completar o trajeto da rodoviária até a casa da minha sogra. Precisei estacionar no Parque Solon de Lucena para vomitar tudo o que eu podia. Quando finalmente chegamos em casa, eu apaguei, com muita dor de cabeça, só vindo a me sentir melhor no final da tarde, ou seja, perdi a oportunidade de aproveitar o feriado ao lado de minha família”, contou.

Para a jornalista Priscylla Alves, os desarranjos pós-confraternizações e festas de fim de ano, eram tão tradicionais quanto os próprios eventos. Segundo ela, a primeira causa era o exagero próprio de encher os pratos e comer de tudo que lhe era ofertado e em abundância.

“Todo ano eu tinha um desarranjo. Eu não sabia que não podia comer todas aquelas comidas gostosas, como salpicão, creme de frango, salgadinhos, sobremesas com muitos doces, rabanada e tudo mais, até porque, no final de ano é comum a gente meter o 'pé na jaca' mesmo e passar da conta na hora de comer, misturar tudo e acabar passando mal no dia seguinte”, contou.

Misturando bacalhau com frango ao molho branco, peru, arroz à grega, saladas e salpicão, comendo de cada coisa que tinha na mesa, Priscylla passava o dia 25 de dezembro sempre no banheiro, revezando entre crises agudas de diarreia e vômitos, ingerindo apenas água de coco, comprimidos de imosec e maisena com água.

“Era terrível o Dia de Natal, assim como os dias que seguiam as confraternizações. Eu passava mais de 24 horas sentindo muita dor de barriga, cólica mesmo. Hoje sei que muito disso se deve a minha gulodice, mas não apenas por ela, porque este ano descobri que sou portadora da síndrome de Crhon e intolerante a lactose, o que causavam a piora considerável nos meus sintomas”, revelou a jornalista.

Aprendendo diariamente a conviver com a doença inflamatória séria do trato gastrointestinal, Priscyla espera passar seu primeiro final de ano sem dor. Para isso, seu Natal será comemorado com alimentos lights. “Agora eu sei o que tenho e vou me controlar mesmo. Minha ceia será com pouca coisa, basicamente saladinha, frango e arroz, frango sem molho. Nas confraternizações temos optado por fazê-las nas casas dos amigos, onde eu posso levar minha marmita e garantir uma vida saudável, independente da época do ano”, finalizou.

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Jornal da Paraíba

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