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VIDA URBANA

Obra de restaurante popular está parada

Iniciada em maio de 2009 e orçada em mais de R$ 500 mil, obra está abandonada e população denuncia o uso da área por usuários de drogas.

Publicado em 29/08/2012 às 6:00


Moradores do bairro de Mangabeira esperam há três anos pela conclusão de um restaurante popular que atenderia mil pessoas diariamente. A obra, iniciada pela Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) em maio de 2009, foi orçada em R$ 597.847,36 com recursos do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e está atualmente abandonada. A população local denuncia o uso da área por usuários de drogas e como depósito de lixo.

A primeira etapa do restaurante – referente às fundações do prédio – chegou a ser concluída pela Secretaria de Infraestrutura (Seinfra) em setembro de 2009, durante a segunda gestão de Ricardo Coutinho à frente da PMJP, mas não teve prosseguimento. A área total é de 741,64 metros quadrados e fica localizada na rua Francisco Pereira de Souza, em Mangabeira I, vizinho à Escola Estadual Pedro Lins e a uma unidade do Programa de Saúde da Família (PSF) que está prestes a ser inaugurada.

De acordo com o projeto inicial, o restaurante teria capacidade para 144 lugares, o que corresponde a uma média de mil pessoas servidas por dia. O equipamento também contaria com cozinha industrial, área de higienização de utensílios e bandejas, câmaras frias para conservação de alimentos, além de almoxarifado, administração, depósito, duas baterias de banheiros, sala de capacitação, central de gás, área para carga e descarga, jardins e amplo estacionamento.

O cenário atual é completamente diferente. A placa com os dados da obra prevista para ser finalizada em 180 dias ainda está lá, mas por trás está apenas a estrutura em sua fase inicial, vazia, com a vegetação crescendo desordenadamente e acúmulo de lixo ao redor. À noite, a falta de iluminação na área inibe os moradores da vizinhança que não se sentem seguros para sair de casa.

O funcionário público Marcos Souto de Menezes se queixa da presença de usuários de drogas no local abandonado e relata que já houve assassinatos nas proximidades. “Esse prédio é um perigo para a nossa comunidade, é constantemente usado por garotos e garotas de programa e também como boca de fumo.

No final de semana, quando acordo cedo para ir à missa com minha família, fico com medo de passar pela frente e ser abordado”.

Marcos revela que alguns moradores solicitaram a resolução da questão à prefeitura. “A única providência foi a recolocação de tapumes cercando o prédio, o que não adianta, pois os drogados arrancam e entram novamente”. O morador pede uma ação imediata no prédio. “Isso é dinheiro público sendo desperdiçado descaradamente, a obra deve ser retomada logo ou então que ocupem o local para outra finalidade, só não pode ficar como está”, reclama o funcionário público.

Além dos transtornos causados pelo abandono da área já construída, habitantes do bairro de Mangabeira alegam se sentirem lesados pelo descumprimento de uma promessa feita há mais de três anos. A dona de casa Ednalva Oliveira Alves lamenta que o equipamento público esteja inativo. “Esse restaurante popular está em uma região privilegiada no bairro e com certeza beneficiaria muito o pessoal que trabalha na avenida Josefa Taveira ou no mercado público. A promessa está na placa, seriam servidas mil refeições por dia. A realidade é bem diferente”, avalia a dona de casa que mora na rua há 27 anos.

Ednalva Oliveira revela que se surpreendeu quando viu a construção de um outro restaurante popular ser iniciada em Mangabeira, desta vez no cruzamento das ruas Xavier Oliveira com Severino Dantas, próximo à Penitenciária Feminina.

“Ninguém entendeu porque começar outro restaurante quando já existe um jogado às traças”, afirma a dona de casa. O outro restaurante popular ao qual se refere a moradora é um prédio do Governo do Estado, está em fase de acabamento e tem previsão para ser inaugurado sexta-feira, dia 31.

De acordo com a placa afixada no local, a construção do restaurante foi viabilizada através de um convênio entre a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Humano (SEDH), Superintendência de Obras do Plano de Desenvolvimento do Estado (Suplan), Caixa Econômica e governo federal. Foram investidos recursos da ordem de R$ 690.690,85 na obra.

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Jornal da Paraíba

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