Obra está parada há 4 anos

A obra do restaurante popular de Mangabeira, em João Pessoa, iniciada pela Prefeitura Municipal em maio de 2009, deveria ter sido concluída no prazo de 180 dias, mas continua parada.

Prestes a completar quatro anos de abandono, moradores do entorno denunciam o uso do local para tráfico de drogas e relações sexuais. O restaurante foi orçado em R$ 597.847,36, com recursos do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), e deveria atender mil pessoas diariamente.

A paralisação da obra já foi denunciada pelo JORNAL DA PARAÍBA em uma reportagem publicada em 29 de agosto do ano passado, no entanto, nenhuma providência foi tomada e a situação permanece a mesma, contribuindo para o perigo do local, segundo os moradores, como a dona de casa Isabela da Silva carvalho, 26 anos. “O principal prejuízo causado pela paralisação da obra é o perigo, pois o local está servindo como motel e ponto para tráfico de drogas, inclusive durante o dia, mas à noite, a situação é ainda pior. As crianças não vão à escola sozinhas, apenas acompanhadas por adultos, porque tememos que sejam surpreendidos por algum drogado”, relatou.

“É como todos dizem aqui: A saúde, a educação e o lixo no meio”, completou ao ressaltar a indignação dos moradores em alusão ao restaurante, cujo prédio fica localizado entre a Escola Estadual Pedro Lins e uma unidade do Programa de Saúde da Família (PSF), na rua Francisco Pereira de Souza, em Mangabeira I.

O cenário é de total abandono, representado pelo lixo acumulado, pela vegetação que cresce de forma desordenada e pela estrutura vazia, em contradição ao que se remete ao projeto inicial, que contaria com 144 lugares – equivalente a uma média diária de mil pessoas servidas, cozinha industrial, área de higienização de utensílios e bandejas, câmaras frias para conservação de alimentos, baterias de banheiros, sala de capacitação, central de gás, jardins e amplo estacionamento.

De acordo com os dados da última planilha de execução apresentada pela Prefeitura ao MDS, a obra estava com apenas 35,4% de conclusão. Conforme a placa afixada no local, a construção do restaurante foi viabilizada através de um convênio entre a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Humano (Sedh), Superintendência de Obras do Plano de Desenvolvimento do Estado (Suplan), Caixa Econômica e Governo Federal, com execução da Secretaria de Planejamento do Município (Seplan).

Através da assessoria de imprensa, a Seinfra informou que a paralisação da obra ocorreu por conta de problemas com a empresa contratada para executar os serviços. No entanto, a situação já está sendo contornada, e a previsão é que os trabalhos sejam retomados na atual gestão municipal. No entanto, o órgão não precisou em que data a construção será reiniciada. Limitou-se apenas a informar que será feita uma nova licitação para escolher outra construtora.