Operação Carnaval da PRF vai começar sexta

Ação, que ainda está em fase de planejamento, deve acontecer nos 1,3 mil quilômetros de rodovias federais.

A Operação Carnaval da Polícia Rodoviária Federal (PRF) da Paraíba deverá começar nesta sexta-feira no Estado. A ação, que ainda está em fase de planejamento, deve acontecer nos 1,3 mil quilômetros de rodovias federais. O foco principal da operação é coibir condutas de risco que causam acidentes.

Segundo o chefe de comunicação da PRF, Anderson Poddis, os principais risco de acidente são causados pelos próprios condutores de veículos, como falta de atenção, falta de distância de segurança, velocidade incompatível com a rodovia em razão de pistas molhadas e embriaguez.

“Nas regiões de Campina Grande e Sertão, outro fator que contribui para os acidentes são as ultrapassagens indevidas, porque são regiões com pistas simples. Na ultrapassagem indevida, o cidadão vai estar na contramão e a colisão frontal é de alta gravidade, com lesões graves e não difícil de ter mortes”, explicou Anderson Poddis.

Conforme Poddis, o não uso do cinto de segurança, das cadeiras de retenção nos carros e dos capacetes de proteção para os motociclistas contribuem para que os acidentes sejam mais graves. “Efetivamente não são a causa o acidente, mas contribuem para a letalidade dele”, disse.

Nos últimos quatro anos foram registrados 3.633 acidentes, 2.369 feridos e 180 mortes, de acordo com informações do Núcleo de Comunicação Social (Nucom) da PRF. No mesmo período, a Região Metropolitana de João Pessoa, que tem 230 quilômetros das rodovias na Paraíba, concentrou 65% dos acidentes atendidos pelo órgão.

Conforme Poddis, a BR-230, entre os Km 20 e Km 30, é o ponto mais crítico da Paraíba em acidentes graves, por conta do grande fluxo de veículos de duas rodas, grande volume de tráfego e mistura de condução urbana com condução rodoviária.

“O urbano tem um comportamento: a velocidade é menor, o tempo de reação é maior e o foco da atenção é diferenciado. Na rodovia muda completamente a forma de se dirigir. A velocidade é maior, o tempo de reação é menor, sendo ele menor, a necessidade de atenção é redobrada e o foco também. O condutor urbano vai para as rodovias sem ter noção de que precisa mudar a forma de dirigir. A mistura desses fatores contribui para que a gente tenha nesse trecho o mais crítico da Paraíba”, esclareceu.