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VIDA URBANA

Osteoporose deve ser prevenida na infância

Diagnóstico da osteoporose é mais comum em mulheres e em pessoas com mais de 60 anos, mas a prevenção pode ser iniciada.

Publicado em 20/07/2014 às 6:00 | Atualizado em 06/02/2024 às 17:04

Uma queda no terraço de casa pode ter consequências sérias para quem tem osteoporose. A doença é caracterizada pela perda lenta e gradual da massa óssea, que é a principal responsável por fraturas na terceira idade. A estimativa do Ministério da Saúde é que cerca de dez milhões de brasileiros tenham a doença, que pode passar anos sem dar sinais de que existe.

O diagnóstico da osteoporose é mais comum em mulheres e em pessoas com mais de 60 anos, mas a prevenção pode ser iniciada ainda na infância, segundo explicou a médica reumatologista Danielle do Egypto, presidente da Sociedade Paraibana de Reumatologia. “A prevenção pode ser feita através de uma dieta rica em cálcio, exposição solar adequada, prática de atividades físicas e evitando o fumo e o excesso de álcool”, declarou.

A osteoporose é uma doença assintomática, ou seja, silenciosa, o que geralmente atrasa o diagnóstico. “Na maioria das vezes o sintoma da dor só surge após a ocorrência da fratura. Inclusive é importante deixar claro que a osteoporose não causa dor”, disse a reumatologista.

Segundo Danielle, a osteoporose é mais entre as mulheres porque o hormônio feminino (estrógeno) exerce uma ação de bloqueio sobre as células que reabsorvem a massa óssea, chamadas de osteoclastos. Na presença deles, essas células não trabalham como deveriam. “A consequência disso será o comprometimento da massa óssea”, afirmou. As mulheres na pós-menopausa são as que mais apresentam e desenvolvem osteoporose.

Apesar de ser mais comum entre mulheres idosas, a osteoporose pode surgir em qualquer idade. “A osteoporose pode acometer pessoas jovens e nesses casos, em geral, surge em decorrência de outras problemas ou doenças, é a chamada osteoporose secundária”, explicou. Um adulto jovem, segundo a médica, pode desenvolver a osteoporose, por exemplo, em consequência do uso crônico de corticóide.

O exame mais indicado para o diagnóstico da doença é a densitometria óssea, que tem o papel de avaliar a massa óssea e quantidade de osso do paciente. A recomendação é que todas as mulheres após a menopausa ou com mais de 65 anos, bem como homens com mais de 70, realizem o exame. “Se o paciente apresentar fatores de risco para a doença, o exame deve ser realizado mais cedo”, disse a reumatologista. A densitometria vai servir como método de acompanhamento da doença.

Após o diagnóstico, o momento é de iniciar o tratamento da osteoporose, feito com medicamentos que inibem as células que reabsorvem a massa óssea (osteoclastos). “Esses remédios são chamados de drogas antirreabsortivas associados ao uso de cálcio e vitamina D”, explicou. Além dos medicamentos, o paciente é orientado a praticar atividades físicas, principalmente musculação e manter uma dieta rica em cálcio, além da exposição solar.

QUEDA FREQUENTEPODE SER SINAL DE PERDA ÓSSEA

A aposentada Maria das Dores Vital, 65, soube que tinha osteoporose há 4 anos, após uma densitometria óssea. Quando caiu no quintal de casa, no final do ano passado, a aposentada teve sérios problemas de recuperação. As fraturas por osteoporose, segundo a médica reumatologista Danielle do Egypto, se tornam mais frequentes e trazem complicações, como tempo prolongado de restrição ao leite, o que pode gerar tromboses venosas, pneumonia e até mesmo o óbito.

Diariamente, Maria das Dores toma remédios específicos para a doença e tem no cardápio alimentos que a ajudam no fortalecimento ósseo. “Quando recebi o exame a médica disse que meus ossos estavam desgastados e que eu precisava me cuidar”, contou. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 13% e 18% das mulheres, acima dos 50 anos, têm osteoporose, contra 3% a 6% dos homens. A doença interfere na qualidade de vida das pessoas e é uma das causas frequentes de internação.

Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, a osteoporose é mais frequente em pessoas com antecedentes familiares da doença. A aposentada Maria das Dores também é um exemplo dessa afirmação, pois a mãe e irmãs têm o problema. “É algo que quando você descobre passa a se cuidar direito, mas sem ter esse conhecimento fica complicado”, declarou.

Com a osteoporose o osso fica tão fraco que pode haver achatamento da vértebra e encurvamento da coluna, o que implica na diminuição da altura da pessoa. De acordo com a médica, as fraturas são as principais ocorrências entre os pacientes. Traumas mínimos podem ter consequências sérias.

Ela chamou a atenção para medicamentos que passam em propagandas na televisão que prometem fortalecer os ossos.

“Eles até podem ser úteis, mas é preciso avaliar a real necessidade. Para dor, artrite e artrose não funcionam”, explicou.

CUIDADOS EM CASA

A prevenção de quedas é outra preocupação que deve existir entre as pessoas que têm osteoporose, ou seus familiares.

Algumas dicas da Sociedade Brasileira de Reumatologia são: não deixar fios de telefone e televisão expostos; não deixar animais soltos pela casa; usar chinelos e sapatos confortáveis; evitar calçados de salto alto e solado liso; não usar tapetes e pisos escorregadios em casa; dentre outras.

O consumo de alimentos ricos em cálcio também não deve ser desprezado. Dentre eles: amêndoa, brócolis, bolo de trigo, couve-manteiga, castanha-do-pará, coalhada, farinha láctea, farinha de peixe, farinha de soja, feijão branco miúdo, flocos de cereais, leite condensado, leite de cabra, leite de vaca desnatado, leite integral, leite em pó desnatado, queijo prato e sardinha em conserva com azeite.

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Jornal da Paraíba

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