Pacientes reclamam de atendimento no Ortotrauma

Direção nega prolemas, mas pacientes deixaram de ser atendidos e ficaram do lado de fora.

Pacientes reclamam da falta de médicos e de macas para o atendimento no Complexo Hospitalar Ortotrauma de Mangabeira, o Trauminha. Nesta sexta-feira (2), parentes de pacientes denunciaram o problema.

Num dos casos, a neta do paciente informou que o avô foi levado pelo Samu para o hospital na noite da quinta-feira e até a manhã do dia seguinte aguardava por um médico nos corredores.

De acordo com Jacilene dos Santos Barbosa, o avô passou por uma traqueostomia e teve um problema com o aparelho utilizado. Por causa disso, o homem de 69 anos não estava se alimentando. Segundo Jacilene, ela foi informada pelo hospital que o médico estaria de licença mas havia sido chamado para atender o caso.

Em outro caso, uma mulher foi levada para o Ortotrauma, que pertence ao complexo, em um carro particular se queixando de forte dores nas costas, que a impossibilitava de se mover segundo o marido dela.

Ele disse ainda que esperou por um médico e uma maca para fazer a remoção da paciente por pelo menos uma hora, sem sucesso e que nem mesmo um enfermeiro prestou algum tipo de socorro à sua esposa.

A direção assistencial do Ortotrauma reconheceu a existência de superlotação do complexo hospitalar, mas negou a existência dos problemas de falta de médicos ou macas. Informou ainda que a unidade médica não rejeita pacientes, mas que aqueles que não se encaixam no perfil do Hospital, que deve atender urgência e emergência, são encaminhados para outras unidades.

Sobre o caso do idoso, a direção informou que o Hospital tem um médico à disposição para fazer procedimentos de traqueostomia, mas que esse caso particular não era de urgência e que havia outros três pacientes com quadros semelhantes para atendimento urgente na UTI do Ortotrauma.

Em relação ao caso da mulher que chegou com dores nas costas, a direção explicou que o Trauminha tem uma equipe de triagem e classificação de atendimento que recebe todos os pacientes e que no caso dela, como não havia risco de morte, a equipe indicou a transferência para outra unidade.