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VIDA URBANA

Paes vai recorrer em liberdade da condenação por morte de Aryane

Paes só será preso quando se esgotarem todas as chances de recurso; defesa tem prazo de cinco dias para recorrer da sentença.

Publicado em 21/09/2013 às 6:00 | Atualizado em 14/04/2023 às 17:37

O bacharel em Direito Luiz Paes de Araújo Neto foi condenado a 17 anos e seis meses de prisão em regime fechado pelo Conselho de Sentença do 1º Tribunal do Júri de João Pessoa, acusado de ter matado a estudante Aryane Thays Carneiro de Azevedo, em abril de 2010.

Ele foi condenado por homicídio triplamente qualificado e aborto, mas por ser réu primário e ter bons antecedentes, Paes só será preso quando se esgotarem todas as chances de recurso. A defesa tem um prazo de cinco dias, a contar de ontem, para recorrer da sentença.

Caso a defesa não recorra da decisão no prazo estabelecido, será expedido o mandado de prisão e o acusado será recolhido a uma unidade prisional, devendo cumprir, no mínimo, um sexto da pena para solicitar progressão de regime. A sessão de julgamento, que foi iniciada na tarde da última quinta-feira, foi presidida pelo juiz Marcos William de Oliveira e terminou às 3h30 da madrugada de ontem.

Do dia do crime até o julgamento, foram três anos e cinco meses de espera. Nesse período, diversas entidades que atuam em defesa da mulher realizaram manifestações e mobilizações, cobrando justiça no caso Aryane . Uma das organizações que participaram desses movimentos foi o Centro 8 de Março, que atua em João Pessoa desde 1993. Segundo a coordenadora da entidade, Irene Marinheiro, a condenação de Luiz Paes Neto representa uma vitória das mulheres.

“É um símbolo de vitória obtida após muito tempo de luta. Estamos acompanhando o desenrolar dos fatos desde que o crime aconteceu. Demos apoio à família, fomos para as ruas, cobramos agilidade da justiça”, afirmou. “Além do Centro 8 de Março, outras entidades, como Cunhã, Marcha das Mulheres e Bamidelê, também participaram. A vitória é de todos nós”, acrescentou.

Apesar de comemorar a conquista, a militante destaca que a luta não acabou. “Ele foi condenado, mas vai recorrer. Vamos continuar acompanhado o caso, para garantir que a justiça seja realmente feita. O Brasil vira novo tempo e não podemos mais aceitar que uma violência cometida contra a mulher fique impune”, declarou.

A batalha também vai continuar para a mãe de Aryane, a enfermeira Hipernestre Carneiro. Com fisionomia alegre e muito sorridente, ela disse que considerou como justa a pena de 17 anos e seis meses e assegurou que vai “lutar até o último instante para que Luiz Paes pague pelo crime. “Ele vai recorrer e eu vou correr. O matador da minha filha foi rotulado”, disse.

Apesar de Paes ainda estar em liberdade, ela declarou que já está aliviada e com sentimento de que a justiça foi feita. “Eu atuava no Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência ) e deixei de trabalhar por um ano e seis meses por causa do crime. Salvava vidas, enquanto minha filha não teve sequer direito a um socorro. Mas, agora, vou retomar minha vida. Hoje (ontem), minha filha mais velha disse que nunca me viu sorrir tanto. Eu falei para ela que isso era o efeito da justiça”, contou.

O corpo de Aryane Thays foi encontrado no dia 15 de abril de 2010, às margens da BR-230, em João Pessoa. Ela estava sem blusa e com o zíper da calça aberta, o que para o Ministério Público foi uma tentativa do autor de confundir a polícia. A jovem estava grávida de Luiz Paes e o casal havia sido visto discutindo na noite anterior por conta da gravidez. No local em que o corpo foi encontrado, estava o teste positivo de gravidez.

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Jornal da Paraíba

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