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VIDA URBANA

PB tem pior índice de transplantes em 4 anos

Os dados são da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), que divulgou relatório com os números de todo o país, até junho último.

Publicado em 12/08/2012 às 8:00


A Paraíba está sem realizar transplantes de coração e fígado, e apenas o município de Campina Grande realiza o procedimento de rim. Os dados são da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), que divulgou relatório com os números de todo o país, até junho último. Ainda segundo a ABTO, neste primeiro semestre do ano, a Paraíba teve o pior índice de transplantes dos últimos quatro anos.

De janeiro a junho de 2012 foram realizados 39 procedimentos (sendo 19 de rim e 20 de córnea), 60,61% a menos do que o mesmo período, em 2011 (quando foram realizados 99). Em comparação com o índice do primeiros semestre 2010, quando foram realizados 112 cirurgias desse tipo, a redução é ainda maior: 65,1%. Já com relação a janeiro a junho de 2009 (90 transplantes) a queda foi de 56,6%.

Há um ano e dois meses na lista de espera por um transplante de rim, em João Pessoa, Cristiano de Araújo Silva vive a angústia de quem precisa passar quatros horas dia (três vezes por semana) na máquina de hemodiálise. “Eu estou em casa, mas já pensando que amanhã terei que ir para o hospital passar quatro horas em uma máquina, a sensação é que a gente está morrendo aos poucos”, desabafou.

Apesar de ter quatro irmãos doadores em potencial, dois deles inclusive com exames feitos que mostram a compatibilidade com Cristiano, o paciente não tem previsão para fazer o transplante porque o procedimento está parado, na capital, há cerca de um ano e meio. Na Paraíba, o procedimento só está sendo feito em Campina Grande, no Hospital Antônio Targino.

Em situação semelhante à de Cristiano, encontram-se ainda 214 pacientes, que também integram a lista de espera por um rim, em todo o Estado. A fila por transplante de órgão ainda tem pelo menos três inscritos para receber um fígado e 13 à espera do procedimento de córnea – totalizando 230 pacientes aguardando algum tipo de transplante na Paraíba.

“A fila está parada aqui em João Pessoa e isso é muito desanimador”, declarou Cristiano de Araújo, ao comentar que não tem condições de se deslocar para Campina Grande – única cidade do Estado que está realizando o transplante de rim. “Eu estou aposentado em virtude da doença, só ganho um salário mínimo, pago aluguel e tenho esposa e seis filhos para sustentar.

Não posso arcar com os custos de uma viagem para Campina”, lamentou Cristiano.

Segundo o presidente da Associação dos Renais Crônicos e Transplantados e Doadores da Paraíba (Renais-PB), Carlos Roberto Luca, a orientação da entidade é que todos os pacientes que estão na lista de espera na capital transfiram seu nome para a fila de Campina. “Não é uma fila única, são duas distintas. Eu mesmo me inscrevi em Campina para ter a possibilidade de fazer o transplante”, comentou Carlos, que ainda este mês receberá um rim doado pela irmã.

“Há mais de 100 pessoas inscritas só em João Pessoa, muitas delas sem perspectivas, pois não têm condições de se inscrever em outra cidade ou Estado”, disse Carlos, afirmando que “o paciente renal que não tem esperança do procedimento está condenado à morte. Quanto mais tempo você fica na diálise mais problemas vão aparecer e o paciente morre em decorrência de outros fatores”. (Colaborou Luzia Santos)

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Jornal da Paraíba

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